MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 14 de novembro de 2021

A crise é grave e pode ser constatada na redução dos clientes nos supermercados

 


a crise na economia - Patria Latina

Charge do Bruno Galvão (Arquivo Google)

Roberto Nascimento

As pesquisas indicando queda no consumo confirmam o que tenho observado nos supermercados. Antes do governo Bolsonaro, viviam lotados, com filas nos caixas. Agora, os clientes diminuíram, devido a essa inflação galopante, juros nas alturas, desemprego e combustíveis subindo toda semana. E a tendência é piorar. Como diz o próprio Bolsonaro, “sempre há uma maneira das coisas piorarem”.

Deve-se reconhecer que o presidente bem que tentou, ao demitir com estardalhaço o então presidente da Petrobras, Roberto Castelo Branco. Colocou lá um general, chamado Joaquim Luna, e os aumentos estão sendo ainda maiores, é uma desmoralização.

NUM IMPASSE – Agora, Bolsonaro não quer demitir o general, pois descobriu que não vai adiantar nada. No desespero, ameaça privatizar a maior empresa brasileira, como o sinistro FHC fez com a Vale do Rio Doce. Se conseguir fazer isso, mudando a lei, será ainda pior. Dificilmente conseguirá a reeleição. Sua caneta Bic não servirá para nada.

É grave a crise. Uma conhecida rede de supermercados anunciou promoção de aniversário. Quando abriu as portas, no lançamento das grandes ofertas, uma surpresa – foi um dia normal, sem atropelos e corrida às compras.

Os brasileiros, espantados com a alta no preço dos combustíveis, além de invadirem a Argentina através do município das Missões  e outras fronteiras para encher o tanque por módicos R$ 3, enquanto aqui já está quase chegando a R$ 8, foram surpreendidos pelos hermanos com um racionamento radical.

COTA DIÁRIA – Agora, na fronteira, têm uma cota diária de 15 litros, para não acabar a gasolina nos postos, porque o combustível na Argentina é subsidiado pelo governo.

Os espertos brasileiros então decidiram partir para o Paraguai, para encher seus tanques baratinho em Foz do Iguaçu, atravessando a Ponte da Amizade, e também em Pedro Juan Caballero, divisa com Ponta Porã.

Há muitos anos, cruzei a fronteira da Bolívia através de Corumbá. Cinco quilômetros depois, constatei que não havia postos de combustíveis. O abastecimento era feito por galões de plástico nas paradas da estrada. Será que é isso  que desejam fazer aqui, transformando o Brasil, num faroeste caboclo?

GUEDES INCOMPETENTE – Na verdade, Bolsonaro é governado pelo ministro Paulo Guedes. Constata-se que a Escola de Chicago ensinou muito mal a seus economistas, que me desculpem os denominados Chicago Boys. Nada dá certo para eles.

Vou pedir para você voltar, Pedro Malan, junto com os formuladores do Plano Real, porque tudo está indo pelo ralo, inclusive a moeda real. E nós, junto.

Este é o retrato do governo Bolsonaro. Liberalismo em crise. A política econômica, comandada por Guedes, é um desastre. Que tal mudar para um socialismo democrático, mas sem ditadura? Sejam criativos e parem de fazer o mais do mesmo, provocando a infelicidade do povo. Para mim, qualquer mudança é válida, desde que não destrua a democracia.

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