Um
relatório especial da revista britânica The Economist, publicado nesta
quinta-feira (3), afirma que o Brasil vive hoje "sua maior crise desde o
retorno à democracia em 1985" e atribui a maior parte dos problemas ao
governo do presidente Jair Bolsonaro. A capa do relatório — que contém
sete reportagens em 11 páginas — traz uma imagem do Cristo Redentor
usando uma máscara de oxigênio e a manchete "On the brink" ("Na beira").
"Seus desafios [do Brasil] são assustadores: estagnação econômica,
polarização política, ruína ambiental, regressão social e um pesadelo
ambicioso. E teve de suportar um presidente que está minando o próprio
governo. Seus comparsas substituíram funcionários de carreira. Seus
decretos têm forçado freios e contrapesos em todos os lugares", diz o
texto de abertura do relatório assinado pela correspondente do Economist
no Brasil, Sarah Maslin. No artigo que conclui o relatório — intitulado
"Hora de ir embora" — a revista diz que o futuro do Brasil depende das
eleições de 2022, e que a prioridade mais urgente do país é se livrar de
Bolsonaro. "Os políticos precisam enfrentar as reformas econômicas
atrasadas. Os tribunais devem reprimir a corrupção. E empresários, ONGs e
brasileiros comuns devem protestar em favor da Amazônia e da
constituição", diz a revista.
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