O
ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou à CNN Brasil, nesta
terça-feira (29/06), que vai suspender o contrato da vacina indiana
Covaxin. O imunizante virou alvo da Comissão Parlamentar de Inquérito
(CPI) da Covid no Senado após o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF)
denunciar superfaturamento nas negociações. “Não é mais oportuno
importar as vacinas neste momento”, afirmou Queiroga à CNN.
Na última sexta-feira (25/06), Miranda e o irmão, o servidor do
Ministério da Saúde Luis Ricardo Miranda, denunciaram à CPI supostas
irregularidades na compra da vacina. No depoimento, eles disseram ter
avisado Bolsonaro há três meses sobre as suspeitas e sobre uma "pressão
atípica" para acelerar a importação. Na conversa, Bolsonaro teria citado
o deputado federal Ricardo Barros (Progressistas-PR), líder do governo
na Câmara, como o parlamentar que queria fazer "rolo" na pasta. Nos
bastidores da política, senadores membros da CPI da Covid debatem sobre a
omissão do presidente neste caso. De acordo com eles, Bolsonaro não
atacou Luis Miranda por que o deputado teria gravado a conversa com o
presidente quando relatou o superfaturamento na negociação. Quando o
parlamentar e seu irmão se reuniram com Bolsonaro para apresentar as
supostas irregularidades, levaram seus celulares pessoais. Geralmente,
em reuniões com o presidente, os aparelhos eletrônicos ficam na área
externa, porém, nesse caso, segundo Miranda, foi diferente. (CB)
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