* Alexandre Slivnik
Desde sempre, o pedido de aumento é um grande tabu, especialmente entre os colaboradores de uma empresa. Por incrível que pareça, eu costumo fazer uma comparação com sexo, pois muitas vezes existe receio em conversar com um parceiro ou parceira sobre o assunto, assim como há o medo de conversar com o chefe sobre um aumento no salário. Isso acontece porque não é possível saber qual será a resposta antes de fazer a pergunta e, quando esse pedido é feito, a resposta pode ser frustrante.
Mas especialmente nesse momento de incertezas, é importante ter bom senso e entender o momento da empresa. É preciso pensar se a empresa está crescendo ou passando por dificuldades, se está contratando ou demitindo e, além disso, devido às circunstâncias da pandemia, é necessário se perguntar o que pode ser feito para ajudar ainda mais a empresa, já que dessa forma é possível se destacar diante de outros colaboradores. Em outras palavras, para merecer um aumento, é preciso entregar mais valor ainda para a empresa. Quanto maior o retorno financeiro que você dá ao seu empregador, maior a chance de reconhecimento.
Nas empresas, também é fundamental uma equipe de recursos humanos com uma boa gestão desses colaboradores. Esse é o setor responsável por criar políticas de reconhecimento para que os líderes da organização estimulem seus colaboradores. Dessa forma, o pedido de aumento quase se faz desnecessário. Uma forma de tornar a questão salarial mais simples é uma negociação onde tanto a empresa, quanto o colaborador, são beneficiados: quanto maior o resultado obtido, maior será o bônus. Isso torna o processo mais transparente e quanto maior a transparência entre líder e liderado, maior é a possibilidade de ter uma conversa franca convertida num aumento de salário.
Mesmo assim, colocar em prática esse plano pode ser arriscado, por isso uma boa dica é trabalhar com atitude. Primeiro, faça um estudo das suas ações nos últimos 12 meses e pense sobre todas as vezes em que ajudou a empresa a atingir seus objetivos nesse período, seja em situações mais simples ou as mais complexas. Após isso, lembre-se que o aumento pode vir acompanhado de maior responsabilidade e mais competências, então tenha em mente as coisas que você pode realizar no futuro para o crescimento desse negócio.
Algumas vezes, a demanda de aumento de salário vem por conta do aumento de trabalho e, por consequência, tendo mais responsabilidades, que nem sempre são bem-vindas. Nesses casos passar essa percepção ao seu líder como uma reclamação pode ser uma má ideia.
Em todas as situações, a melhor solução sempre é o relacionamento transparente entre líder e liderado, pois a forma mais adequada de motivação é o reconhecimento, que precisa acontecer a partir de objetivos alcançáveis. Vale lembrar também da importância do feedback para o desenvolvimento dos colaboradores, eles têm muito a ganhar com as ideias do restante da empresa.
Alexandre Slivnik é reconhecido oficialmente pelo governo norte americano como um profissional com habilidades extraordinárias (EB1). É autor de diversos livros, entre eles do best-seller O Poder da Atitude. É diretor executivo do IBEX – Institute for Business Excellence, sediado em Orlando / FL (EUA). É Vice-Presidente da Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento (ABTD) e diretor geral do Congresso Brasileiro de Treinamento e Desenvolvimento (CBTD). É membro da Society for Human Resource Management (SHRM) e da Association for Talent Development (ATD). Palestrante e profissional com 19 anos de experiência na área de RH e Treinamento. É atualmente um dos maiores especialistas em excelência em serviços no Brasil. Palestrante Internacional com experiência nos EUA, ÁFRICA e JAPÃO, tendo feito especialização na Universidade de HARVARD (Graduate School of Education - Boston/ EUA). www.slivnik.com.br
Carolina Lara
carolina@carolinalara.com.br
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