Uma queda vertiginosa de 92%. É esse o efeito do coronavírus no mercado de automóveis da China na primeira quinzena de fevereiro no país, que é o maior consumidor de veículos do planeta.
Para efeito de comparação, o Brasil teve pouco menos de 9,5 mil unidades vendidas diariamente no mesmo período. Enquanto nosso país consome anualmente bem menos de 3 milhões de veículos, a China emplaca 25 milhões.
Diariamente, o mercado da China vende 59,9 mil veículos, isso é mais do que a Argentina em um mês. Com o surto do coronavírus, várias fábricas e concessionárias fecharam. Os consumidores não estão saindo de casa.
Mesmo quem pode comprar um carro pela internet, por exemplo, pode não conseguir ir busca-lo ou não haverá alguém para leva-lo ao seu endereço residencial.
Estimativas falam em queda de 70% nas vendas em fevereiro e 40% no bimestre, o que causará um enorme prejuízo para as montadoras. O governo já mudou a política de incentivos fiscais para elétricos, que deverão permanecer por mais tempo, para incentivar os “corajosos” a sair de casa e comprar.
Caso o coronavírus seja controlado em até três meses, a China perderá 10% das vendas no primeiro semestre e terá uma queda anual de 5%. Ou seja, ainda conseguirá manter um ritmo acelerado, mesmo com esse decréscimo. Mas, isso é apenas se o vírus for contido, caso contrário, não se sabe ainda o tamanho do impacto.
Com fábricas de veículos e autopeças paradas, a China já começa a desabastecer algumas regiões do mundo e, com o crescimento nas vendas de carros elétricos em todo o mundo, teme-se que haja falta de baterias em larga escala. No ano passado, sem vírus, o país teve queda de 8% nas vendas, mas representou praticamente 1/4 das vendas globais.
[Fonte: Auto Indústria]
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