Entrevistados que declararam voto em Geraldo Alckmin (PSDB) e Ciro Gomes (PDT) são os mais propensos a mudar o nome da urna
A nova pesquisa Ibope, encomendada pela
Confederação Nacional da Indústria (CNI), trouxe os candidatos Jair
Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) à frente nas intenções de voto,
com 27% e 21%, respectivamente.
O levantamento verificou, porém, outro
aspecto do comportamento do eleitor, o chamado “voto útil”. De acordo
com a pesquisa, três em cada 10 eleitores mudariam o voto para evitar
que determinado candidato ganhe a eleição.
De acordo com a CNI/Ibope, 28% dos
eleitores consideram alta ou muito alta a probabilidade de mudar o voto
até o dia da eleição, marcada para 7 de outubro. O comportamento foi
justificado como medida para evitar que um candidato rejeitado pelo
entrevistado vença.
Apesar disso, a pesquisa ainda
demonstrou que, para 48% dos que responderam, a possibilidade de mudança
de voto por esse motivo é baixa ou muito baixa.
A maior parte dos eleitores, no entanto,
não pretende mudar de candidato para outro que esteja com maior chance
de ganhar. Ao todo, 60% consideram essa opção baixa ou muito baixa. Já
os eleitores que poderiam mudar o voto para outro candidato que esteja
melhor posicionado nas pesquisas somam 16%.
Segundo Renato da Fonseca,
gerente-executivo de Pesquisas e Competitividade da Confederação
Nacional da Indústria (CNI), a prática de voto útil não caiu nas graças
do eleitor, que tem mantido as convicções.
“Nota-se que são poucos os eleitores que
praticariam voto útil, o que pode ser explicado pelo fato de a maioria
dos eleitores de Bolsonaro e Haddad estarem bastante convictos com suas
opções”, afirma.
Entre os candidatos, a pesquisa
encomendada pela CNI demonstra que os eleitores de Geraldo Alckmin
(PSDB) e de Ciro Gomes (PDT) são os que mais têm probabilidade de mudar
de voto para evitar a vitória de um determinado candidato. Entre os
eleitores do tucano, 36% consideram alta ou muito alta a propabilidade
de mudança. Já entre os de Ciro, 35% têm a mesma percepção. .
Em relação aos eleitores de Fernando
Haddad (PT), 31% declaram ser alta ou muito alta a chance de troca,
parcela que cai para 28% entre os eleitores de Marina Silva (Rede) e
para 22% entre os de Jair Bolsonaro (PSL).
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