MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 30 de julho de 2017

Deputados pró-Temer recebem, em média, R$ 1 milhão a mais em emendas


Levantamento da ONG Contas Abertas mostra que os deputados federais que estão inclinados a votar pelo arquivamento da denúncia contra o presidente Michel Temer receberam, em média, R$ 1 milhão a mais em emendas parlamentares liberadas em 2017 pelo governo federal que os demais parlamentares.
Conforme levantamento da Contas Abertas, 108 deputados já declararam voto contra a denúncia que tramita na Câmara. Esses parlamentares somam R$ 766,4 milhões em emendas empenhadas em 2017, isto é, R$ 7,1 milhões em média.
Já os votos a favor da continuação da denúncia, com emendas empenhadas, chegam a 184 deputados e R$ 1,1 bilhão de valor total liberado. A média dessa conta é de R$ 6,1 milhões em em emendas por parlamentar. O valor representa cerca de R$ 1 milhão a menos do que para os apoiadores de Temer.
Emendas e distribuição de cargos são parte do plano de Temer para barrar investigação na Câmara
Emendas e distribuição de cargos são parte do plano de Temer para barrar investigação na Câmara
A avaliação da Contas Abertas também levou em consideração as emendas liberadas para os “indecisos”, deputados que ainda não definiram o voto sobre de denúncia. Ao toto, 73 parlamentares indecisos tiveram emendas empenhadas em 2017. A quantidade representa R$ 486 milhões a serem liberados. Na conta per capita, os indecisos também estão sendo mais valorizados do que os contra o presidente Temer. Em média, receberam R$ 500 mil a mais em emendas.
Os dados consideram o empenho, isto é, a reserva de recursos para emendas individuais às despesas do Orçamento Geral da União (OGU). Os dados são do Siga Brasil, do Senado Federal.
Do total liberado em emendas em 2017, R$ 4,2 bilhões, mais de 82% foi para deputados federais (R$ 3,5 bi) e o restante para senadores. No topo do ranking de beneficiados estão as bancadas estaduais do Maranhão, Roraima e Rio Grande do Norte.
As emendas, assim como a distribuição de cargos e funções comissionadas, são parte do plano do presidente para barrar na Câmara a investigação sobre o escândalo da JBS.

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