MEDIÇÃO DE TERRA

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sábado, 29 de julho de 2017

Faixa na rua critica Sérgio Reis por trocar seu voto pela liberação das emendas


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Faixa diante do cartaz chama o cantor de “picareta”
Deu em O Tempo
Colocada em frente a um outdoor que anuncia um show do cantor sertanejo, uma grande faixa critica o recebimento de R$ 8,4 milhões pelo deputado federal Sérgio Reis (PRB-SP) em emendas parlamentares para votar a favr de Temer. A faixa foi afixada nessa sexta-feira (28) em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte. O protesto acontece após o site The Intercept Brasil ter divulgado que o político lidera a lista de deputados que mais receberam emendas parlamentares liberadas pelo governo federal neste ano.
O menino da porteira do Temer. Atual campeão de repasses: R$ 8,4 milhões. Ganha dinheiro cantando (OK, profissão); Ganha dinheiro votando (PQP, Corrupção)“, anuncia a faixa que continuava na Avenida João César de Oliveira na manhã desta sexta-feira.
COLETIVO – O Tempo conversou com um membro do coletivo Alvorada, responsável pelo protesto, que não quis ser identificado. “Nós sempre fazemos este tipo de manifestação, sempre bem-humorada, nada violento, jamais em situação pública da pessoa. O outdoor estava lá e, como aconteceu do Sérgio Reis ser notícia ontem (quinta-feira) pelo recebimento destas emendas do Temer, resolvemos fazer essa faixa. A gente já sabe o preço que os votos dele têm”, explica.
De acordo com informações do site Contas Abertas, o Palácio do Planalto liberou, somente nos 17 primeiros dias de julho, R$ 2,1 bilhões em emendas parlamentares, a metade dos R$ 4,2 bilhões destinados a deputados e senadores desde janeiro.
DESDE JUNHO – A “torneira” foi aberta ainda em junho, quando foram liberados R$ 2 bilhões em emendas, exatamente o mesmo mês em que a denúncia da Procuradoria Geral da República (PGR) contra o presidente Michel Temer (PMDB) chegou à Câmara dos Deputados. Ao mesmo tempo, o segundo pico de liberações de emendas parlamentares ocorreu durante o recesso parlamentar, quando os deputados retornam a suas bases eleitorais e poderiam ser cobrados pelos eleitores a votarem pela abertura da denúncia.
Liberando as emendas, Temer espera dar aos deputados indecisos “escudos” contra a pressão popular, uma vez que os valores são destinados a obras em seus redutos eleitorais. Temer usou a mesma arma que sua antecessora, pois Dilma Rousseff pagou R$ 3,2 bilhões em emendas às vésperas da votação do impeachment, em abril e maio de 2016.
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