Por Redação Bocão News
A
empresa paulista Scheeeins vai comandar uma festa de Réveillon na
Península de Maraú, no litoral sub baiano. A comemoração que começa
entre os dias 26 de dezembro e segue até 2 de janeiro de 2017 deixa
moradores e comerciantes da localidade preocupados. O pacote para cinco
festas que acontecerá em território baiano custa R$ 1.500 para mulheres e
R$2.500 para homens.
A mesma empresa realizou uma série de
eventos semelhantes em Fernando de Noronha no ano de 2015. De acordo com
informações do G1, depois de uma das baladas, o lixo ficou no Forte do
Boldró, um ponto turístico da ilha, por mais de 24 horas. O fato
revoltou muitos moradores e visitantes, chegou até a gerar uma campanha
negativa nas redes sociais.
O organizador das festividades, Ricardo
Delgado, admitiu na época a falha no recolhimento do lixo. “O lixo foi
recolhido até 24 horas após o evento, talvez ele tivesse que ser
recolhido logo após a festa, isso foi uma falha nossa e com quem a gente
havia combinado em fazer a limpeza”.
Por causa do problema, o Instituto Chico
Mendes da Biodiversidade resolveu tomar providências. O local onde foi
realizada a festa foi multado e a chefe substituta da Área de Proteção
Ambiental, Lisângela Cassiano, disse que novas medidas vão ser tomadas.
“Vamos avaliar os possíveis impactos ambientais e, caso a gente venha
autorizar novos eventos, vamos exigir a limpeza imediata do local. No
Forte do Boldró nem sabemos se o Iphan (Instituto do Patrimônio
Histórico e Artísitico Nacional) autorizou a festividade, a área tem um
forte que é patrimônio histórico”, afirmou Lisângela.
Outra queixa de moradores é que a
comunidade local foi excluída dos eventos por causa dos altos valores
dos ingressos que chegaram a ultrapassar R$ 600. Delgado se defendeu:
“nós tínhamos uma política de ingressos 50% mais barato para o morador.
Nós reservamos 20% dos convites para a população de Fernando de Noronha,
dessa cota nós vendemos uns 10%. Recebemos todos super bem na porta,
mas algumas vezes não conseguimos vender para os turistas nem para o
moradores porque os ingressos já haviam sido esgotados antecipadamente”,
explicou Ricardo Delgado.
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