Especialistas afirmam que a fobia de aeronaves é duas vezes mais comum no sexo feminino e, se não tratada, pode levar a outros transtornos ansiosos
por
Rayllanna Lima
Publicada em TRIBUNA DA BAHIA
De cada dez brasileiros, pelo menos
quatro sofre com medo de viajar de avião. É o que aponta o Instituto
Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope), que identificou o
temor em mais de 40% da população. Especialistas afirmam que a fobia de
aeronaves é duas vezes mais comum no sexo feminino e, se não tratada,
pode levar a outros transtornos ansiosos.
Enquanto para muitos andar de avião é algo extraordinário, uma viagem pelos ares pode resultar em um transtorno de ansiedade chamado Aviofobia. “A primeira vez que peguei um avião foi para visitar minha filha, em Recife. Tomei calmantes, mas fiquei muito nervosa, tanto que a pressão chegou a ficar baixa. Até hoje quando pego um avião tomo remédio para dormir”, revelou a costureira Sandra Rocha, 48.
A doença em questão é caracterizada por medo intenso, irracional e persistente de viajar em aviões, definida como um tipo de fobia específica, do tipo situacional. Para quem sofre de Aviofobia, o momento de decolagem é um gatilho para o aparecimento de ansiedade intensa, dificuldade de respirar e até ataque de pânico.
De acordo com o psiquiatra e diretor médico do Espaço Nelson Pires, Lúcio Botelho, embora as fobias específicas do tipo situacional sejam mais comuns no final da adolescência, crianças também podem experimentar medo intenso de viajar, podendo traduzir a fobia em choro, raiva, imobilidade ou comportamento de agarrar-se. “Os casos de fobias iniciadas na adolescência têm maior risco de perdurar até a idade adulta”, acrescenta.
Esses tipos de fobias são predominantes no sexo feminino, na proporção de duas mulheres para cada homem, segundo o psiquiatra. A postura mais comum da maioria é de esquiva, deixando de viajar. Alguns, por sua vez, decidem ir de carro ou ônibus. “Podemos dar exemplo do executivo bem-sucedido que trabalha próximo a sua casa e que, por motivo de uma promoção, necessita se deslocar por grades distâncias. O medo de voar pode comprometer seu bem-estar físico, psíquico e comprometer sua ascensão profissional”, explica.
A ausência de diagnóstico e tratamento adequados para superação do medo pode levar ao que o especialista chama de “complicações psiquiátricas adicionais, incluindo outros transtornos ansiosos, depressão, abuso de drogas e álcool”. A psicoterapia, associada com técnicas de dessensibilização e de exposição gradativa às situações e objetos temidos, fazem parte do tratamento desses casos. Em algumas situações o uso de medicamentos também é indicado.
Dicas para superar o pânico de viajar
Atentos à Aviofobia, o Aeroporto de Guarulhos, em seu próprio site, disponibiliza dicas para superar o medo e obter uma viagem tranquila. Confira algumas dicas:
Antes da viagem: ter dias tranquilos antes da viagem te ajudará a ficar menos ansioso. Para garantir isso, se organize de modo que todos os preparativos sejam feitos com antecedência e tranquilidade, assim você não terá preocupações no dia. Além disso, tenha uma boa noite de sono e use roupas confortáveis para viajar, pois se sentir incomodado no avião deixará o voo ainda mais desagradável. Também é aconselhável evitar cafeína para não ficar muito agitado.
No aeroporto: chegue ao aeroporto com antecedência e já leve os documentos separados para não correr o risco de ter problemas antes da viagem. Ande pelo terminal para se ambientar e procure distrações como lojas ou cafés. Além disso, uma boa dica é observar a calma dos demais passageiros.
Dentro da aeronave: sente no corredor. Assim, você conseguirá esticar as pernas e levantar para dar uma volta com mais facilidade. Além disso, sentando na janela você vai acabar olhando para fora e isso pode causar mais medo.
Converse com os comissários de bordo: não se incomode em falar para os membros da tripulação que você tem medo de avião. No geral, eles são treinados para lidar com essas situações e costumam ser bem atenciosos. Caso se assuste com algo que parece estranho, converse com os comissários de bordo que eles explicarão o que é aquilo e, se for o caso, esclarecerão que não há nada de errado ou que a tripulação está treinada para lidar com está acontecendo.
Enquanto para muitos andar de avião é algo extraordinário, uma viagem pelos ares pode resultar em um transtorno de ansiedade chamado Aviofobia. “A primeira vez que peguei um avião foi para visitar minha filha, em Recife. Tomei calmantes, mas fiquei muito nervosa, tanto que a pressão chegou a ficar baixa. Até hoje quando pego um avião tomo remédio para dormir”, revelou a costureira Sandra Rocha, 48.
A doença em questão é caracterizada por medo intenso, irracional e persistente de viajar em aviões, definida como um tipo de fobia específica, do tipo situacional. Para quem sofre de Aviofobia, o momento de decolagem é um gatilho para o aparecimento de ansiedade intensa, dificuldade de respirar e até ataque de pânico.
De acordo com o psiquiatra e diretor médico do Espaço Nelson Pires, Lúcio Botelho, embora as fobias específicas do tipo situacional sejam mais comuns no final da adolescência, crianças também podem experimentar medo intenso de viajar, podendo traduzir a fobia em choro, raiva, imobilidade ou comportamento de agarrar-se. “Os casos de fobias iniciadas na adolescência têm maior risco de perdurar até a idade adulta”, acrescenta.
Esses tipos de fobias são predominantes no sexo feminino, na proporção de duas mulheres para cada homem, segundo o psiquiatra. A postura mais comum da maioria é de esquiva, deixando de viajar. Alguns, por sua vez, decidem ir de carro ou ônibus. “Podemos dar exemplo do executivo bem-sucedido que trabalha próximo a sua casa e que, por motivo de uma promoção, necessita se deslocar por grades distâncias. O medo de voar pode comprometer seu bem-estar físico, psíquico e comprometer sua ascensão profissional”, explica.
A ausência de diagnóstico e tratamento adequados para superação do medo pode levar ao que o especialista chama de “complicações psiquiátricas adicionais, incluindo outros transtornos ansiosos, depressão, abuso de drogas e álcool”. A psicoterapia, associada com técnicas de dessensibilização e de exposição gradativa às situações e objetos temidos, fazem parte do tratamento desses casos. Em algumas situações o uso de medicamentos também é indicado.
Dicas para superar o pânico de viajar
Atentos à Aviofobia, o Aeroporto de Guarulhos, em seu próprio site, disponibiliza dicas para superar o medo e obter uma viagem tranquila. Confira algumas dicas:
Antes da viagem: ter dias tranquilos antes da viagem te ajudará a ficar menos ansioso. Para garantir isso, se organize de modo que todos os preparativos sejam feitos com antecedência e tranquilidade, assim você não terá preocupações no dia. Além disso, tenha uma boa noite de sono e use roupas confortáveis para viajar, pois se sentir incomodado no avião deixará o voo ainda mais desagradável. Também é aconselhável evitar cafeína para não ficar muito agitado.
No aeroporto: chegue ao aeroporto com antecedência e já leve os documentos separados para não correr o risco de ter problemas antes da viagem. Ande pelo terminal para se ambientar e procure distrações como lojas ou cafés. Além disso, uma boa dica é observar a calma dos demais passageiros.
Dentro da aeronave: sente no corredor. Assim, você conseguirá esticar as pernas e levantar para dar uma volta com mais facilidade. Além disso, sentando na janela você vai acabar olhando para fora e isso pode causar mais medo.
Converse com os comissários de bordo: não se incomode em falar para os membros da tripulação que você tem medo de avião. No geral, eles são treinados para lidar com essas situações e costumam ser bem atenciosos. Caso se assuste com algo que parece estranho, converse com os comissários de bordo que eles explicarão o que é aquilo e, se for o caso, esclarecerão que não há nada de errado ou que a tripulação está treinada para lidar com está acontecendo.
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