Jornal argentino diz que diferenças internas entre a cúpula causou crise no Mercosul
Matéria publicada nesta terça-feira (28) no jornal argentino La Nación, conta que o clima político anda pegando fogo entre as cimeiras do Mercosul. O aumento da crise na Venezuela e os escãndalos do Brasil deixaram o bloco sem cúpula de presidentes. Sendo assim haverá apenas uma reunião formal de ministros estrangeiros em Montevidéu para finalizar negociações pendentes.
Em seu texto, o La Nación destaca que em meio à crise do governo de Nicolas Maduro, e o clima de tensão em que vivem Paraguai, Uruguai, Argentina e o Brasil com o Governo interino de Michel Temer, todos parceiros do Mercosul, concordaram que o gesto mais prudente seria o adiamento da cúpula presidencial que estava prevista para 12 de julho.
> > > La Nación Crisis en el Mercosur: suspenden una cumbre de presidentes por las diferencias internas
Depois de um dia de intensas negociações e ligações entre os chanceleres dos países do Mercosul, o chanceler do Uruguai, Rodolfo Nin Novoa, confirmou nesta segunda-feira (27) que a cúpula presidencial não vai acontecer. Haverá uma reunião formal de ministros das Relações Exteriores, onde discutirão a transferência da presidência pro tempore do Uruguai pela Venezuela.
Novoa se reuniu nesta segunda-feira (28) em Montevidéu com sua homóloga da Argentina, Susana Malcorra para avaliar a questão crítica do Mercosul e as condições políticas particulares que vivem alguns parceiros, como o Brasil e a Venezuela, disse o La Nación.
A grande desconfiança que há no Mercosul, comenta o La Nación, é com relação a Maduro assumir o bloco e interromper as negociações com a UE. Outro assunto em pauta é a situação instável no Brasil. Fontes do Itamaraty afirmam que Temer não confia plenamente em seu ministro das Relações Exteriores, José Serra, e ambos têm projetos divergentes sobre o futuro do Mercosul. Para o bloco, é politicamente complicado viver com a incerteza do governo provisório do Brasil, onde se espera um eventual impeachment contra o presidente Dilma Rousseff.
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