MEDIÇÃO DE TERRA

MEDIÇÃO DE TERRA
MEDIÇÃO DE TERRAS

terça-feira, 29 de março de 2016

O mito do fim do PT


Com a proximidade do impeachment da presidente Dilma Rousseff, além da movimentação partidária que indica apoio amplo ao processo, muitos falam sobre o FIM DO PT. Não poderiam estar mais enganados, já que o PT é o único partido real do Brasil, ou melhor, o único partido que possui militância, intelectuais, professores universitários, agentes do partido na burocracia, sindicatos, movimentos sociais, ONGs e conexões internacionais escusas (via Foro de SP).
O impeachment, processo necessário e urgente, serviria apenas para retirar o PT do executivo federal. O partido perderia o controle direto da máquina, o que o enfraqueceria momentaneamente e permitiria outras ações contra ele: cassação de legenda e investigações sobre o Foro de SP, por exemplo. Todo o resto, militância, intelectuais, etc, continuaria servindo ao partido ou, na pior das hipóteses (para o PT), mudaria de legenda (Rede, PSOL) para continuar a ação socialista, que é maior que o próprio PT. Esta sempre foi a “frente ampla” que congregava todos esses movimentos de esquerda, mesmo se, aparentemente, eles brigavam entre si – PSOL x PT ou Linha Auxiliar? – e criavam uma situação de conflito fictício para a opinião pública.
A queda de Dilma deve ser entendida como um passo, o primeiro, para destruir o esquema de poder petista, que, na ação real, congrega todas as atividades socialistas no Brasil e muitas da América Latina. E não pode-se deixar de notar que o PT só está caindo pela corrupção, modo utilizado pelo partido para aumentar e manter seu poder, não pela ação revolucionária em si.
Alas internas do PT já estão discutindo a “ofensiva conservadora” há meses, e muitas estratégias, incluindo a de radicalizar no discurso – Dilma não começou a falar de golpe porque foi ideia dela – e buscar apoio internacional – entrevistas de Dilma para vários órgãos de mídia estrangeiros. Outros setores internos do partido já começaram a discutir o “pós”, o que mostra que eles buscam sempre estar um passo à frente.
Se entendermos o impeachment como objetivo final, o PT se reestruturará, com o mesmo nome ou com outro, e voltará ao poder em pouco tempo. A narrativa de golpe – quem cursa humanas em faculdade pública sabe que isso é consenso entre os “intelectuais de esquerda” – se fortalecerá e servirá de mito fundador para o retorno do partido ao poder.

Nenhum comentário:

Postar um comentário