Presidente do sindicato dos delegados faz lista de precariedades.
Chefe da Polícia Civil, do governo do estado, nega as acusações.
Presidente do sindicato dos delegados faz lista de
precariedades (Foto: Carlos Alberto Silva / A Gazeta)
O Sindicato dos Delegados de Polícia Civil do Espírito Santo
(Sindepes) disse que o corte de verbas do governo não poupou sequer os
materiais de escritório da polícia. O presidente do Sindepes disse que
nas unidades tudo falta e o dinheiro acaba saindo do bolso de delegados e
investigadores. Cortes de combustível, material de limpeza, manutenção
de equipamentos e restrições no uso de celulares são apenas alguns dos
relatos. O governo nega as acusações.precariedades (Foto: Carlos Alberto Silva / A Gazeta)
O Presidente do Sindepes, Rodolfo Laterza, disse que depois que um crime é investigado, solucionado, com suspeitos presos e, na hora de transcrever depoimentos, o trabalho para por falta de papel para imprimir a ocorrência.
As tesouradas têm comprometido o andamento das atividades da instituição e provocado um colapso no sistema, segundo o delegado Rodolfo Laterza. “Somos obrigados a improvisar, o que acaba afetando o rendimento do profissional. Imagina os policiais serem obrigados a pagar papel e manutenção de ar-condicionado? É preocupante”, disse Laterza.
A reportagem constatou a situação curiosa entre duas delas: na Delegacia de Turismo (Deptur) faltam impressoras; já na Delegacia Fazendária há carência de papel. Ambas ficam no Edifício Valia, no Centro de Vitória.
Pelo menos 40 delegacias foram afetadas com a suspensão de conexões ou a diminuição da velocidade da rede. Para trabalhar, investigadores recorrem à internet de vizinhos, segundo Laterza.
Gasolina
A cota estabelecida para o uso do combustível é de R$ 500 mensais, o que afeta o cumprimento de intimações e investigações na rua. É o que destaca Jorge Emílio Silva, presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Espírito Santo (Sindipol). “Não tem como investigar. Tem cota de combustível. Se precisar ir para o interior, não tem como. Não pode pagar do próprio bolso. Fica difícil trabalhar assim”, observou.
O uso de celular também ficou restrito. Com o fim do contrato com a empresa terceirizada, faltam materiais de limpeza, papel higiênico e até água. A manutenção de ar-condicionado é paga pelos policiais.
Governo
A chefe da Polícia Civil, Gracimere Gaviorno, nega as acusações. No caso da internet, ela afirmou que a suspensão ocorreu em apenas 16 unidades para readequação de links contratados, mas que na última sexta-feira (30), foi realizado um pedido de religamento.
Informou ainda que essas delegacias foram beneficiadas com modem 3G durante o período de suspensão. Ela ainda nega cortes no contrato de limpeza, sob alegação de mais readequações de contratos. Gracimere também afirma desconhecer problemas de falta de material.
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