O gasto de R$ 3,5 bilhões desses primeiros cinco meses é praticamente igual ao do mesmo período em 2013
A imposição de um teto de
reajuste nas mensalidades e os adiamentos e atrasos nos pagamentos
resultaram em uma redução de R$ 2,5 bilhões nos gastos do governo com o
Financiamento Estudantil (Fies) até o momento, quando comparado com as
despesas do mesmo período do ano passado.
A diferença ganha peso quando se considera o aumento
no número de contratos e representa uma queda de 42% nos repasses em
valores corrigidos pela inflação. Até esta semana, o governo havia
gastado com o Fies R$ 3,5 bilhões.
(Foto: Agência Brasil)
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Em
2014, já haviam sido pagos R$ 6 bilhões no mesmo intervalo, em valores
atualizados. Os dados são do Sistema Integrado de Administração
Financeira (Siafi) do governo, tabulados pelo economista Mansueto
Almeida, especialista em contas públicas.
O gasto de R$ 3,5 bilhões desses primeiros cinco
meses é praticamente igual ao do mesmo período em 2013. Aquele ano
acabou com um saldo de 1,2 milhão de contratos, cerca de 970 mil a menos
do que agora. Em 2013 e 2014, o repasse nesses primeiros meses ficou em
torno de 45% do total gasto no ano. O gasto em 2015 representa 27% do
orçamento previsto no ano, que é de R$ 13 bilhões.
Na esteira do ajuste fiscal do governo, o Ministério
da Educação fez uma série de alterações no Fies para frear os gastos.
Uma delas foi o adiamento de um terço do que deveria ser pago a empresas
com mais de 20 mil contratos, grupos que centralizam mais da metade dos
alunos do ensino privado.
O setor calcula que os valores adiados somem R$ 3
bilhões. Para Mansueto Almeida, os adiamentos são uma “forma artificial”
de reduzir o custo do programa. “O MEC está jogando parte do custo de
um ano para outro”. Há a expectativa de que as parcelas sejam pagas
entre 2016 e 2018.
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