MEDIÇÃO DE TERRA

MEDIÇÃO DE TERRA
MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 1 de março de 2015

Pesquisa da CNI indica que 74% dos brasileiros nunca compraram pela internet


Mesmo com algumas desvantagens, as compras pela internet registraram alto grau de satisfação
Agência Brasil
As compras pela internet estão cada vez mais populares no Brasil. Entretanto, a grande maioria das pessoas ainda prefere comprar bens e serviços pelas vias tradicionais. Um levantamento do Ibope, encomendado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), revelou que 74% dos brasileiros nunca compraram pela rede mundial de computadores. A pesquisa mostra, ainda, que idade, renda e escolaridade influenciam no perfil do consumidor que utiliza esta opção de compra.

Mesmo entre os jovens, normalmente mais familiarizados com a tecnologia, ou brasileiros com renda e escolaridade mais altas, consequentemente com melhores condições de acesso à rede, a quantidade de pessoas que nunca usaram a internet para comprar também é alta.

O estudo mostra, por exemplo, que o percentual de consumidores que jamais fizeram compras pela internet atinge 65% entre jovens de 16 a 24 anos. Na faixa etária de 25 a 34 anos, a porcentagem chega a 67%.

São proporções elevadas, mas elas ficam ainda maiores entre os mais velhos. Entre 35 e 44 anos, a parcela dos que nunca compraram pela internet alcança 74%. Para pessoas de 45 a 54 anos, o percentual é 79%. Para consumidores com 55 anos ou mais, o percentual sobe para 87%.

Quando o critério é renda familiar, há um cenário análogo. Entre as pessoas que recebem mais de cinco salários mínimos, quase metade, 49% nunca compraram pela internet. Nas pessoas com renda de dois a cinco salários, a proporção é 70%. Para os que ganham de um a dois salários, chega a 85%. Os consumidores que ganham até um salário, registram percentual de 91%.

Considerando o grau de instrução, o percentual que nunca usou a internet para compras alcança 43% entre consumidores com ensino superior e 68% com ensino médio. Para os brasileiros que cursaram até a oitava série do ensino fundamental, chega a 86% e a 92% entre os com formação até a quarta série. Sobre a localização, 69% vivem em capitais, 74% em periferias e 76% no interior.

Gerente de Pesquisa e Competitividade da CNI, o economista Renato da Fonseca avaliou que renda e escolaridade são os principais fatores de influência sobre o consumidor que opera com a internet.

“Se minha renda é muito baixa, não compro na internet nem em shopping. Outra possibilidade é fazer a compra e não ter internet em casa. Ou tenho, mas não com boa velocidade. A questão é que, quanto maior o grau de instrução, maiores a renda e o acesso”, acrescentou Fonseca.

O economista ressaltou que os consumidores ouvidos para o levantamento foram estimulados a apontar os lados negativo e positivo na compra de bens e serviços pela rede.

Questionados sobre as desvantagens, 15% das pessoas apontaram a falta de contato com o produto, que é escolhido a distância. Conforme os dados, 11% acreditam que é difícil trocá-lo ou devolvê-lo. Outros 11% dos consumidores alegaram que o problema é a demora na entrega.

Com relação às vantagens, 21% acham que a principal é o menor preço do produto, enquanto 19% avaliam a compra pela internet como mais prática e cômoda e 5% que a opção permite comparar preços. Também 5% acham que o método torna mais fácil encontrar o produto desejado.

Mesmo com algumas desvantagens, as compras pela internet registraram alto grau de satisfação. De acordo com a pesquisa da CNI, 72% das pessoas estão satisfeitas e 20% muito satisfeito. Apenas 6% responderam que estão muito insatisfeitos.

Os produtos mais comprados são eletrônicos, como aparelhos de TV, DVD e celular. Eles foram citados por 51% dos consumidores. Em seguida, os eletrodomésticos, apontados por 27%. Os calçados, bolsas e acessórios foram lembrados por 17%. Na sequência, os itens de vestuário (16%), livros (13%), CDs e DVDs (12%) e perfumes e cosméticos (11%).

Além do uso da internet para compras, a pesquisa incluiu outros aspectos do comportamento do consumidor e ouviu 15.414 pessoas em 727 municípios brasileiros.

Nenhum comentário:

Postar um comentário