O juiz federal Sérgio Moro afirmou que tem certeza de que a
Petrobras vai reerguer-se e que a estatal conseguirá desenvolver seus
negócios com mais eficiência e economia após a Operação Lava Jato. A
declaração de Moro, responsável pela investigação da operação na
primeira instância, consta na decisão que determinou hoje (27) a prisão
de Dario Queiroz, presidente do Grupo Galvão. No despacho, o juiz
argumentou que os cidadãos brasileiros foram os principais prejudicados
com o esquema de propina na estatal, cuja dimensão do prejuízo é
incalculável. Moro disse que ele, o Ministério Público e a Polícia
Federal (PF) não podem ser considerados culpados pela situação em que a
estatal se encontra após a descoberta dos desvios. “Há, é certo, quem
prefira culpar a Polícia Federal, o Ministério Público Federal e até
mesmo este Juízo pela situação atual da Petrobras, em uma estranha
inversão de valores. Entretanto, o policial que descobre o cadáver não
se torna culpado pelo homicídio e a responsabilidade pelos imensos danos
sofridos pela Petrobras e pela economia brasileira só pode recair sobre
os criminosos, os corruptos e corruptores”, disse o o juiz. Além de
Dario Queiroz, a Polícia Federal também prendeu nesta manhã Guilherme
Esteves, acusado de atuar como um dos operadores do pagamento de propina
na Petrobras, por meio do Estaleiro Jurong. Os três serão levados ainda
hoje para a Superintendência da PF em Curitiba.
André Richter, Agência Brasil POLITICA LIVRE
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