MEDIÇÃO DE TERRA

MEDIÇÃO DE TERRA
MEDIÇÃO DE TERRAS

sábado, 30 de agosto de 2014

PSB, agora, diz que jatinho foi doação


Uso da aeronave será declarado segunda, afirma comitê financeiro do partido

Talita Fernandes     VEJA.COM
Marina Silva e Beto Albuquerque lançam programa de governo em SP
Marina Silva e Beto Albuquerque lançam programa de governo em SP (Divulgação/VEJA)
Dois dias depois de a candidata à Presidência da República pelo PSB, Marina Silva, se enrolar em entrevista ao Jornal Nacional para explicar a origem do jato usado na campanha, que caiu matando Eduardo Campos e mais seis pessoas de sua equipe, a cúpula do partido afirmou nesta sexta-feira que o uso da aeronave será declarado como uma doação. A Polícia Federal investiga se a aeronave foi comprada com dinheiro de caixa dois empresarial ou do PSB. "Na segunda-feira, o comitê financeiro prestará contas dessa parte", afirmou o coordenador financeiro da campanha, o deputado federal Márcio França, durante evento de lançamento do programa de governo nesta sexta-feira, em São Paulo. Segundo ele, a referência como doação é regular. "Não teria problema porque foi uma doação de pessoa física e não empresa."

França disse ainda que a prestação de contas eleitorais ligada a Campos será fechada na segunda-feira e, ao mesmo tempo, será aberta nova contabilidade no nome de Marina.
Aliados de Marina alinharam com o PSB o discurso sobre o jatinho. "Nós da campanha da Marina estamos acompanhando isso. Estamos sendo informados sobre isso porque é um comando total do PSB. Temos a informação que é doação", afirmou Walter Feldman, coordenador da campanha e braço direito de Marina. Sobre Marina ter dito ao JN que haveria um ressarcimento sobre o uso da aeronave, ele disse que o termo não está sendo usado. "Antes tinha se falado em ressarcimento, mas essa expressão foi abandonada."
Oficialmente, o jato Cessna Citation 560XL estava no nome do grupo AF Andrade, cujos proprietários negavam relação com Campos. Em nota assinada pelo presidente nacional do PSB, Roberto Amaral, e divulgada na terça-feira, o partido afirmou que a aeronave "teve seu uso — de conhecimento público – autorizado pelos empresários João Carlos Lyra Pessoa de Mello Filho e Apolo Santana Vieira". De forma evasiva, Marina manteve a versão de que não teve conhecimento sobre nenhuma ilegalidade e defendeu a investigação que está sendo conduzida pela PF. "Nosso interesse e determinação é que as investigações sejam feitas com todo rigor para que não se cometa injustiça com a memória de Eduardo."

Nenhum comentário:

Postar um comentário