MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 27 de abril de 2014

Consumidor baiano reclama do aumento anunciado para o preço do pão francês


por
Daniela Pereira
Publicada em TRIBUNA DA BAHIA

Um dos alimentos mais comuns na mesa dos baianos ficará mais caro. O pão francês sofrerá um reajuste que pode ficar entre 6% e 10%, a partir de maio. O elevado custo dos insumos, assim como os reajustes na tarifa de energia e IPTU são os principais  motivos para o aumento. Ainda não há uma data definida para o reajuste, mas a população já tem se mostrado insatisfeita com o aumento.
De acordo com informações divulgadas pela Associação Brasileira da Indústria da Panificação e Confeitaria (Abip), a farinha de trigo, principal ingrediente do pão francês, sofreu reajuste diante da queda de produção na Argentina, principal fornecedora do produto ao Brasil.
Apesar disso, Mário Pithon, presidente do Sindicato das Indústrias de Panificação e Confeitaria de Salvador, garante que outros fatores também contribuíram para o reajuste do pão. “Atualmente um saco com 50 quilos de farinha está ultrapassando R$ 100 e ainda pode aumentar mais, porém não podemos dizer que apenas um motivo provocou o reajuste, mas sim um conjunto de fatores. Tivemos um aumento de 16% na conta de energia para os empresários, além de aumentos no IPTU e na mão de obra. Sem contar que ainda teremos um aumento na conta de água também”, enumerou.
Questionado sobre a data e o percentual de aumento, Pithon afirmou que não há uma definição diante do tamanho da concorrência na indústria de panificação. “Quem tiver ‘fôlego’ vai esperar para aumentar por último para atrair mais clientes. Depende da coragem e da conta que cada um vai fazer. Muitos ficam esperando o ‘vizinho’ aumentar para depois ver qual preço vai colocar”, afirmou, apontando dicas para calcular o novo preço. “Antes de estipular o novo valor, é importante que o proprietário da padaria calcule o valor dos produtos junto com a conta de luz”, ensina.
A variação de preço nos pães depende da localização das padarias e da opção do proprietário. Na região da Graça, atualmente, o quilo do pão varia entre R$ 5 e R$ 11. Já na região do Engenho Velho da Federação, o alimento custa entre R$ 4 e R$ 6. Já no bairro da Federação, o pão fica em torno de R$ 6 e em Brotas de R$ 7 à R$ 8. Mesmo assim, já tem muito consumidor reclamando do reajuste.
Baianos já reclamam do aumento
A notícia de ter que desembolsar um valor maior para adquirir o “pão nosso de cada dia” não agradou os baianos. A maioria reclama dos constantes aumentos nas tarifas, inclusive nos alimentos. “O salário aumenta, mas junto com ele tudo aumenta também. Desse jeito a gente não aproveita nada”, reclamou a dona de casa, Carmen Leite, 54 anos.
Diante dos preços tem gente que já pensa em substituir o pão por outros alimentos. “Estou em um processo de emagrecimento e estou evitando comer pães. Com esse aumento é que nem passo por perto deles. Prefiro uma fruta ou batata doce”, disse a estudante de odontologia Letícia Galvão, 22.
Segundo Cleton Souza, diretor do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Panificação e Confeitaria do Estado da Bahia (Sintrapan), apesar dos baianos cogitarem a possibilidade de substituição do pão, ele ainda é um dos alimentos mais presentes na mesa da população. “O consumo ainda é ativo, mas depende de bairros e regiões. Ainda é o único alimento que vai desde a classe baixa ou escalonado especial”, afirmou.

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