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iG São Paulo
TRIBUNA DA BAHIA
Criada em 2006 pelo engenheiro Antonio Carlos Guarini Perpétuo, formado no ITA (Instituto de Tecnologia Aeronáutica), a Supera utiliza apostilas, ábacos, jogos didático-pedagógicos, dinâmicas e vídeos motivacionais para exercitar o cérebro. Além disso, há a neuróbica – atividade que estimula sinapses e cria novas redes de conexões.
Da igreja para a franquia
Quando o filho de Antonio Carlos Guarini Perpétuo tinha nove anos, tinha dificuldades de concentração. Para tentar cuidar do problema do menino – muito comum entre crianças –, o engenheiro buscou alternativas e métodos de estimulação cerebral. Durante essa pesquisa, viu eficiência no ábaco, um objeto muito utilizado para fazer cálculos.
Após perceber que a falta de concentração não era um fator que atrapalhava somente a vida de seu filho, o empresário reuniu um grupo de alunos, contratou uma professora de soroban (ábaco japonês) e começou a dar aulas em uma igreja. Depois do sucesso da escola, Perpétuo deixou de lado a rede de lojas de couro que possuía para investir em um negócio de estimulação cerebral.
Depois de muitos testes realizados por pedagogos e professores, o método foi aperfeiçoado para se tornar mais eficiente. Para isso, o capital de giro teve de ser alto.
A meta, segundo o diretor de Expansão, é chegar ao final do ano com 200 franquias vendidas. Para abrir uma unidade padrão, o investidor tem de desembolsar cerca de R$ 150 mil – taxa de franquia já inclusa. A previsão de retorno do capital inicial é de 18 a 24 meses, com um faturamento mensal de R$ 25 mil. O franqueador cobra 3% de fundo de propaganda e 12% de royalties sobre o lucro.
Já para os interessados em aderir ao negócio em uma cidade com até 100 mil habitantes, há a opção de microfranquias. O investimento inicial para esse tipo de unidade é de R$ 56 mil – também já inclusa a taxa de franquia. A previsão de retorno é de 18 a 24 meses e não há pagamento de royalties.
Ginástica cerebral pela internet
A partir de uma viagem que fez para os Estados Unidos, Moraes percebeu que o conceito "brain fitness" (ginástica cerebral) era muito difundido. Assim, os sócios criaram uma empresa e firmaram parceria com o empreendimento francês Scientific Brain Training, responsável por desenvolver os jogos e exercícios juntamente com neurologistas, psicólogos, geriatras e engenheiros de TI.
Moraes conta que a Cérebro Melhor tem como tarefa a tradução e distribuição dos exercícios no Brasil. Hoje, cerca de 80 mil pessoas têm contato com os exercícios e o site já conta com mais de cinco mil assinantes.
A empresa não divulga faturamento e margem de lucro do negócio.
Palavra de neurologista
Para o médico neurologista Claudio Correa, do Hospital Nove de Julho, de São Paulo, os exercícios podem ser eficientes para as pessoas que não têm nenhuma doença degenerativa. “Para quem tem Alzheimer, por exemplo, a ginástica cerebral não serve e não muda o curso evolutivo da doença”, diz.
Segundo o neurologista, com atividade física e exercícios intelectualmente, a possibilidade de ter uma boa capacidade cerebral em relação a pessoas ociosas e sedentárias é muito maior.
No entanto, para o especialista, antes de buscar empresas que oferecem ginástica cerebral, o paciente deve procurar um médico para analisar o problema. “Esquecer a bolsa, por exemplo, muitas vezes não acontece por falta de ativação do cérebro. A pessoa pode ter um transtorno de ansiedade ou algum outro problema por trás", explica o neurologista.
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