Visitantes afirmam que grupo armado exige dinheiro dos frequentadores.
Familiares também reclamam do descaso por parte dos órgãos públicos.
A aposentada Romana Bonfim diz que já teve que pagar pedágio (Foto: Ellyo Teixeira/G1)
Pessoas que têm parentes enterrados no cemitério municipal Santa Cruz, na região do bairro Promorar, na Zona Sul de Teresina,
denunciam que o local parece abandonado pelos órgãos públicos. Segundo
os familiares dos mortos, para realizar sepultamento de algum ente
querido, as pessoas têm que pagar pedágio para traficantes e usuários de
drogas da região.
Visitantes procuram frequentar cemitério em grupo
(Foto: Ellyo Teixeira/G1)
(Foto: Ellyo Teixeira/G1)
Moradores dizem que bandidos ficam escondido
em mato alto (Foto: Ellyo Teixeira/G1)
A aposentada Maria Argelina falou que há quinze dias, quando foi ao
sepultamento de uma amiga, homens armados exigiram dinheiro das pessoas
para que o cortejo fosse autorizado a passar. “Eu vim aqui para enterrar
minha amiga e dois homens em uma moto, e de arma em punho, disseram que
para passar todos teriam que pagar; para não morrer tivemos que pagar.
Levaram meu celular e um pouco de dinheiro que tinha no bolso.
Precisamos de mais segurança aqui dentro”, relatou a aposentada.em mato alto (Foto: Ellyo Teixeira/G1)
Deolindo de Sousa, também foi vítima dos bandidos. Segundo ele, um grupo de pessoas armadas fica circulando pelos túmulos e ao encontrar alguém eles exigem dinheiro. “Eles andam com facas e revólver ameaçando quem estiver no local. Os bandidos dizem que quem não pagar morre, dessa forma somos obrigados a dar todo o dinheiro e celular”, contou Sousa.
O aposentado disse ainda que o mato alto dificulta a localização dos túmulos e causa constrangimento. “Dá o maior desgosto você ir visitar um ente querido e se deparar com essa situação. É revoltante o descaso com a população. Evito trazer objetos de valor porque aqui tem muitos ladrões”, reclamou Deolindo, que vai ao cemitério constantemente visitar o túmulo da mãe.
Já Romana Bonfim, que foi visitar seu marido enterrado no local, disse que para ter acesso ao túmulo tem que pagar para uma pessoa para limpar o espaço. “Está difícil encontrar as lápides, além disso, não tem ninguém para quem possamos reclamar ou pedir ajuda, assim decidi pagar uma pessoa para fazer uma limpeza aqui”, contou a mulher.
Segundo Romana, a prefeitura, que deveria manter o local limpo, não está fazendo sua parte. “De vez em quando a prefeitura até vem e arruma, mas pouco tempo depois está tudo igual de novo”, relatou a aposentada.
Sobre a falta de segurança e a cobrança de pedágio o comandante de Policiamento da capital, Coronel Alberto Meneses, disse desconhecer a denúncia, que o local já é patrulhado por policiais do 6º Batalhão da Polícia Militar e que intensificará as rondas dentro e fora do cemitério.
Já sobre a falta de limpeza no Cemitério Santa Cruz, a equipe de reportagem do G não conseguiu falar com ninguém da Superintendência de Desenvolvimento Urbano Sul (SDU/Sul).
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