O alvo é o manifesto em si, o desejo é que as reclamações não sejam ouvidas
Querem esconder as palavras de ordem, querem desviar o
foco. O alvo é o manifesto em si, o desejo é de que as reclamações não
sejam ouvidas e que a atenção se volte para o vandalismo, as prisões, a
ação da polícia.
Novo ato marcado para 22 de fevereiro de 2014.
Recebemos, por e-mail e nos comentários, algumas reclamações, muita gente caiu de pau na Revista Sociedade Militar por causa do texto “MANIFESTAÇÃO frustrada por causa da arruaça. Os próximos crucificados serão os Militares da Forças Armadas?”. Alguns disseram que estamos apoiando maus policiais, que estamos do lado do governo etc.
Não é nada disso. Todos devem
lembrar que no texto citado deixamos claro que os policiais tem de ser
identificáveis SIM, mas não por qualquer um. Para que o manifestante
precisa saber o nome do policial? Que ele anote o seu número e quando
der queixa na delegacia de polícia o mesmo será identificado. Essa
identificação (que sugerimos e achamos indispensável) tem de estar a
disposição da justiça, não da mídia ou da sociedade civil. Se o soldado
errou, que ele seja devidamente enquadrado na legislação, por quem de
direito. Assim como o vândalo. O que não podemos defender aqui é que
nossos militares sejam expostos na grande mídia e na internet, tendo
seus nomes, endereços e outros dados particulares amplamente divulgados.
Todos os oposicionistas do Brasil
tem criticado o PT por se negar a reprovar publicamente seus líderes,
que comprovadamente cometeram crimes e foram condenados por isso. Ora,
se criticamos o PT pelo corporativismo, não podemos ser hipócritas,
temos que condenar qualquer ação ilícita dentro das manifestações. Somos
apologistas da honestidade ou não?
Existem policiais que agem
equivocadamente e de maneira desproporcional? Sim, isso é visível. Mas
não são a maioria. Se fosse assim a última manifestação, por exemplo,
teria sido um caos completo. Todas as ações são passiveis de erro. Que
seus números/nomes sejam anotados e os mesmos sejam denunciados na
delegacia mais próxima. De preferência leve fotografias, vídeos e outros
registros para atestar a veracidade das informações. Não precisa ser na
hora das manifestações, pode-se registrar uma queixa com calma, mesmo
depois dos atos.
O soldado que vai para a rua atuar em uma
manifestação tem uma visão limitada do que está ocorrendo, o que muitas
vezes não lhe proporciona subsídios para uma decisão correta. Mas ele
tem de decidir, sua vida está em risco, a vida de outras pessoas está em
risco. Coloque-se no lugar dele. Alguém pode negar que há gente
perigosa infiltrada no meio dos manifestantes honestos?
É verdade que as autoridades há muito tempo já deveriam ter
identificado os verdadeiros baderneiros. Por que não fazem isso? Não é
nem um pouco racional supor que os órgãos de segurança não possuem
capacidade para isso. São centenas de câmeras de rua a sua disposição,
técnicas de investigação etc. Essa suposta incompetência em resolver
isso acaba por nos fazer crer que talvez seja do interesse de alguém que
exista pelo menos um pouco de baderna, saques, depredação. Pois isso
claramente tem tirado a legitimidade dos atos.
--- A quem interessa a baderna? A quem interessa o vandalismo? ---
A principal rede de TV do país, por mais que tente,
não conseguiu ser abraçada pelos manifestantes. Quando aparece um
repórter nos atos logo se ouve a frase: “Gxxbo vai tomar no Cx”.
Mesmo assim eles insistem em isentar os vândalos da responsabilidade
pelos seus atos, quase sempre endurecendo contra os policiais. Estranho
ne?
Culpar a polícia não equivale a
culpar as autoridades, a polícia é apenas a parte mais exposta do
sistema. Por que a maior parte da mídia têm usado de uma “presunção de
culpa” contra nossos agentes da lei?
Na copa do mundo provavelmente os militares das
Forças Armadas estarão nas ruas. Se forem convocados não poderão se
negar a ir. São militares, cumprem ordens. Muitos são jovens e
participaram, com seus cartazes e faixas, das manifestações no ano
passado. Conhecemos alguns. Agora estarão do outro lado. Eles terão de
proteger sua própria vida, garantir a integridade dos manifestantes,
garantir o direito de quem não é manifestante e quer assistir os jogos, e
garantir até a integridade dos arruaceiros. É muita coisa junta. O
que não podemos permitir é que cresça o sentimento de oposição aos
soldados, eles estão ali cumprindo ordens e, afinal, qual é o foco das
manifestações?
Será que cada um manifestante tem realmente seu posicionamento político concreto, ou está apenas sendo usado?
Esperamos que não sejam apenas idiotas úteis inocentemente a serviço da
esquerda. Afinal, ainda que saibamos que grande parte da sociedade é
contra a realização da copa aqui, alguém poderia dizer: “_Vejam quem são os que não querem a copa no Brasil. São apenas uns poucos vândalos inconsequentes”
É hora de perguntar o que está
dando errado. Pessoas tem se ferido, propriedades tem sido destruidas. E
por isso não podemos ser hipócritas. Defenda-se o manifestante
racional, condene-se o "manifestante" arruaceiro, compreenda-se a
situação do militar convocado para serviço no local. Só dessa maneira as
manifestações poderão transmitir sua verdadeira mensagem ao Brasil e ao
mundo.
Robson A.Silva. C.Social. - http://sociedademilitar.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário