"Seu" Anivaldo, pai de Alexandre Padilha, premiado pelos seus serviços à ONG.
Antes de deixar o comando do
Ministério da Saúde para se dedicar à pré-campanha ao governo paulista
pelo PT, Alexandre Padilha assinou convênio de R$ 199,8 mil com uma
entidade da qual o seu pai, Anivaldo Pereira Padilha, é sócio e
fundador. No dia 28 de
dezembro de 2013, a ONG Koinonia - Presença Ecumênica e Serviço e o
Ministério da Saúde firmaram acordo para executar "ações de promoção e
prevenção de vigilância em saúde".
O convênio prevê, até dezembro, a
capacitação de 60 jovens e a formação de outros 30. Por meio de
palestras, aulas e jogos, eles serão treinados sobre como evitar e
tratar doenças sexualmente transmissíveis, como a Aids. Apesar
de a entidade ter representação no Rio, em Salvador e em São Paulo, o
projeto que conta com verba do Ministério da Saúde será executado
somente na capital paulista, segundo funcionários da Koinonia.
O convênio assinado por Padilha
autoriza o empenho da da verba, o que significa que o ministério já se
comprometeu a pagar os R$ 199,8 mil à ONG, embora ainda não tenha feito o
desembolso. Anivaldo nega
qualquer irregularidade ou favorecimento na escolha da entidade, assim
como o ministério. O pai do ministro diz ainda que, desde 2009, não
exerce função na coordenação de projetos, nem das instâncias de decisão
da entidade.
Admite, no entanto, que é convidado a
participar de palestras e eventos em que relata as ações da
organização. Como sócio da entidade, está previsto que ele participe das
assembleias que, anualmente, definem as linhas gerais de atuação da
ONG.
Desde 1998, a Koinonia fez pelo
menos nove convênios com diferentes ministérios que, juntos, somam cerca
de R$ 1,75 milhão. Na gestão de Padilha na Saúde, além do assinado em
dezembro, a ONG também firmou um termo de compromisso de R$ 60 mil para
promoção de um seminário em 2011.No
final de 2013, a entidade assinou convênio com o Ministério da Justiça
no valor de R$ 262,1 mil para colher depoimentos e fazer documentários,
site e livro sobre a participação protestante na luta contra a ditadura
militar.
A Koinonia, presidida pelo bispo
emérito da Igreja Metodista do Rio, Paulo Ayres Mattos, se autodefine
como "um ator político do movimento ecumênico e que presta serviços ao
movimento social". A ONG participa de projetos ligados sobretudo à
comunidade negra, trabalhadores rurais e jovens. Padilha
desembarcará definitivamente em São Paulo na próxima semana e, no dia
7, a ideia é que dê início a uma caravana pelo interior.
O ministro concentrou no Estado a
participação em atos oficiais desde o fim do ano passado, quando sua
situação de pré-candidato do PT já estava definida. O ministério afirmou
à época que Padilha atendia a convites e que São Paulo "concentra o
maior número de unidades de saúde, possui hospitais de excelência e
entidades do setor". (Folha de São Paulo)
BLOG DO CORONEL
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