Grupo ocupou todas as faixas no sentido Barra; via foi liberada às 14h50.
Taxista Alexandre de Almeida foi um dos cinco mortos na queda de passarela.
Amigos
e familiares do taxista Alexandre Gonçalves de Almeida vítima do
acidente com a passarela, na terça-feira (28), realizam em protesto na
Linha Amarela, zona norte do Rio de Janeiro. (Foto: Erbs
Jr./Frame/Folhapress)
O corpo do taxista foi enterrado sob forte emoção no Cemitério de Inhaúma, Subúrbio do Rio. Outras duas vítimas também foram sepultadas na unidade: Adriano Oliveira e Célia Maria. Ao todo, cinco pessoas morreram e quatro ficaram feridas. No Cemitério do Maruí, no Barreto, em Niterói, na Região Metropolitana, foi enterrado o corpo de Renato Soares. A quinta vítima, Luiz Carlos Guimarães, morreu no hospital nesta quarta e não havia informações sobre definição de seu seupultamento até 14h.
Também emocionados, amigos do taxista Alexandre Almeida compareceram ao enterro. Segundo o também taxista Júlio da Silva, o grupo irá realizar uma homenagem ainda nesta quarta para o colega de trabalho, no local do acidente. Alexandre era casado, e deixou um filho de 16 anos. Célia Maria também deixou filhos.
Além dos cinco mortos, outras quatro pessoas ficaram feridas no acidente, incluindo Luis Fernando Costa, motorista da carreta que provocou a batida em uma das passarelas da via expressa, na altura de Pilares, no Subúrbio.
Grupo de taxistas amigos de Alexandre de Alemeida protestaram no sepultamento (Foto: Renata Soares/ G1)
Os quatro feridos no acidente seguiam internados em unidades hospitalares na manhã desta quarta. O motorista da carreta que causou a queda da passarela, Luis Fernando da Costa, foi transferido para uma unidade de saúde particular.
O homem identificado como Jairo Zenaide, de 43 anos, estava lúcido e internado na enfermaria de Ortopedia do Hospital Federal de Bonsucesso nesta quarta. Segundo a assessoria da unidade, ele passava bem durante a manhã.
Levada de helicóptero para o Hospital Estadual Alberto Torres, em São Gonçalo, Gláucia Andrade estava lúcida, orientada e tinha estado de saúde estável nesta manhã. Liliane Rangel, atendida no Hospital Municipal Souza Aguiar, também estava estável. As informações foram confirmadas pelas secretarias municipal e estadual de saúde.
Acidente
Uma carreta derrubou uma passarela e fechou a via expressa em ambos os sentidos da via. A colisão ocorreu na altura de Pilares, entre 9h e 9h30, segundo funcionários da concessionária.
Ainda de acordo com a concessionária, o veículo, maior que 4,5 metros, limite de altura naquele trecho, arrastou a passarela de metal e a derrubou sobre carros, que foram esmagados. Câmeras de segurança da via expressa mostraram que a caçamba da carreta estava aberta na hora da colisão.
De acordo com a Prefeitura do Rio, no horário em que aconteceu o acidente, não é permitido o tráfego de caminhões e carretas na via expressa. “A gente ainda não sabe as razões, em geral, esse caminhão tem altura tranquila para passar, parece que a caçamba estava levantada, mas trafegar nesse horário é proibido. Estamos levantando isso, pra apurar as razoes dessa tragédia”, afirmou o prefeito Eduardo Paes, na terça-feira.
Logotipo da prefeitura
O chefe-executivo do Centro de Operações Rio, Pedro Junqueira, confirmou que a carreta da empresa Arco da Aliança era credenciada pela Prefeitura do Rio para realizar a retirada de entulhos particulares, mas não prestava serviço para o município. O veículo tinha um adesivo com o logotipo da prefeitura. No entanto, de acordo com o secretário de Conservação Marcos Belchior, a carreta não poderia estar usando o adesivo com a logo.
Procurada pelo G1, a empresa Arco da Aliança informou que não iria se pronunciar sobre o acidente.
Polícia investiga
A 44ª DP (Inhaúma) abriu uma investigação para apurar o caso. O delegado responsável pela unidade, Fábio Asty, esteve no Hospital Municipal Lourenço Jorge, na terça-feira, para ouvir o depoimento de Luiz Fernando Costa, motorista da carreta.
Além disso, testemunhas foram chamadas a depor e câmeras do circuito de segurança da via foram solicitadas à concessionária. Peritos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) realizaram perícia no local.
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