por
Pedro Oliveira - Sucursal Regional do Sisal em Coité
Publicada em TRIBUNA DA BAHIA
A Lipari Mineração Ltda, empresa brasileira
de capital privado, recebeu dia 25 a Licença Prévia (LP) alusiva à mina
de diamantes Braúna, localizada no município de Nordestina, região
sisaleira, a 340 quilômetros de Salvador.
A concessão é um marco para a implantação do Projeto Braúna e
significa a aprovação do Estudo e do Relatório de Impacto Ambiental
(EIA/RIMA) pelo Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (INEMA),
responsável pelo licenciamento.
Conforme Ken Johnson, presidente e diretor
executivo da Lipari, o licenciamento é fruto de extensa ação técnica e
social junto com as autoridades e comunidades locais, que incluiu
oficinas e audiência públicas, para identificar e discutir as
preocupações das partes interessadas. Johnson diz ainda que “é uma
conquista significativa e que demonstra o nosso compromisso com as
questões legais, ambientais, sociais e, especialmente, com as
comunidades da área de influência, que manifestaram expressivo apoio e
receptividade ao projeto”.
O próximo passo da empresa é “dar início ao processo de requerimento
da Licença de Instalação (LI) que, quando concedida, permitirá a
implantação do Projeto Braúna”.
Projeto Braúna
O Projeto Braúna, em Nordestina, tende a ser a primeira mina de diamantes da América do Sul
desenvolvida em rocha kimberlítica que é a rocha-fonte principal de
diamantes. Conforme projeção da empresa exploradora, a mina deverá
produzir uma média de 225 mil quilates de diamantes/ano durante os
primeiros sete anos de operações a céu aberto.
Todavia “a mina possui um excelente potencial para estender a vida
útil da operação, através da lavra subterrânea e do desenvolvimento de
recursos adicionais associados às outras 21 ocorrências de kimberlito
que foram descobertas dentro das concessões da Lipari Mineração”,
esclarece Johnson.
Ele ressalta que toda engenharia do projeto e a fabricação e
importação de equipamentos especializados, oriundos da África do Sul,
como também os equipamentos nacionais, estão em fase de conclusão,
antecipando o início da construção, planejado para abril de 2014.
“Visando à otimização de recursos naturais e o bem-estar da população
local, a Lipari Mineração fez investimentos significativos na
engenharia e nos equipamentos do projeto da planta de beneficiamento da
mina, utilizando avançadas tecnologias que recuperam aproximadamente 97%
da água utilizada no processo de beneficiamento do minério. Embora
resulte em investimentos e custos operacionais adicionais para a
empresa, a recuperação da água minimiza a necessidade de captar grandes
volumes no rio Itapicuru”, enfatiza o vice-presidente e diretor de
Operações da empresa, Fernando Aguiar.
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