Vladimir Herzog foi morto no local durante a Ditadura Militar.
Órgão considerou 'simbologia política' para fundamentar tombamento.
A sede do Destacamento de Operações de Informações do Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi) em São Paulo,
um local emblemático durante a ditadura militar (1964-1984), onde a
presidente Dilma Rousseff ficou detida e também onde morreu o jornalista
Vladimir Herzog durante os anos de chumbo, foi declarada como
patrimônio histórico, informaram nesta terça-feira (28) fontes oficiais.
A Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo afirmou em comunicado
que em sua primeira reunião do ano, realizada ontem, o Conselho de
Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico
(Condephaat) atendeu por unanimidade ao pedido da sociedade civil.
O prédio, situado na Rua Tutoia, no bairro do Paraíso na capital paulista, "será preservado devido ao seu valor simbólico para a história recente do país".
O DOI-Codi, espaço de repressão durante a ditadura e que depois se transformou em um distrito da Polícia Civil, recebeu a aprovação da Unidade de Preservação do Patrimônio histórico (UPPH).
O órgão considerou que o edifício tem uma característica "estética particular" e possui "uma difícil simbologia política" e por isso seu parecer foi fundamentado mais nas "memórias de um momento longo e sombrio de nossa história recente" do que no próprio edifício.
O pedido formal para declarar o prédio como patrimônio histórico foi apresentado em junho de 2012 pelo ex-preso político Ivan Seixas, presidente do Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana do Estado de São Paulo (Condepe).
Depois se juntaram à iniciativa o Grupo Tortura Nunca Mais, o Fórum dos ex-presos políticos do Estado de São Paulo, o Núcleo de Preservação da Memória Política e a Comissão de Familiares de Presos Políticos Mortos e Desaparecidos.
Herzog morreu no DOI-Codi em 1975, vítima de tortura, e sua morte começou a mudar o rumo da vida política do país que lutava por um retorno à democracia. EFE
Antiga sede do Doi-Codi na Zona Sul de São Paulo. (Foto: Letícia Macedo/G1)
O prédio, situado na Rua Tutoia, no bairro do Paraíso na capital paulista, "será preservado devido ao seu valor simbólico para a história recente do país".
O DOI-Codi, espaço de repressão durante a ditadura e que depois se transformou em um distrito da Polícia Civil, recebeu a aprovação da Unidade de Preservação do Patrimônio histórico (UPPH).
O órgão considerou que o edifício tem uma característica "estética particular" e possui "uma difícil simbologia política" e por isso seu parecer foi fundamentado mais nas "memórias de um momento longo e sombrio de nossa história recente" do que no próprio edifício.
O pedido formal para declarar o prédio como patrimônio histórico foi apresentado em junho de 2012 pelo ex-preso político Ivan Seixas, presidente do Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana do Estado de São Paulo (Condepe).
Depois se juntaram à iniciativa o Grupo Tortura Nunca Mais, o Fórum dos ex-presos políticos do Estado de São Paulo, o Núcleo de Preservação da Memória Política e a Comissão de Familiares de Presos Políticos Mortos e Desaparecidos.
Herzog morreu no DOI-Codi em 1975, vítima de tortura, e sua morte começou a mudar o rumo da vida política do país que lutava por um retorno à democracia. EFE
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