| 29 Janeiro 2014
Midia sem Máscara
Midia sem Máscara
O
livro aborda em detalhe a estratégia petista de alcançar o poder
totalitário, desde que Lula, “o ganso que virou pavão”, se tornou
presidente da República.
O livro recém-lançado de Romeu Tuma Jr., 'Assassinato de Reputações – Um crime de Estado', em depoimento ao jornalista Cláudio Tognolli (Topbooks, Rio de Janeiro, 2013), tornou-se um dos mais vendidos do Brasil. É um livro-bomba. E a bomba só não explodiu ainda porque o Brasil é uma republiqueta bananeira, com sede política em Havana e filiais em Brasília, Caracas e Buenos Aires.
Os
fatos escabrosos narrados no livro, que ainda não acabei de ler, não me
causaram nenhum tipo de surpresa, porque há muito tempo eu tenho a
exata noção do que seja o PT e seu projeto totalitário fascista
em implantação no Brasil. O que causa surpresa é o estrondoso silêncio
ouvido na mídia e entre os políticos – com a honrosa exceção da revista Veja.
Como não saiu nada no Jornal Nacional, nem no Fantástico, é como se o
livro não existisse e ponto final. Já que o livro não existe – embora
esteja em segundo lugar entre os mais vendidos da lista de Veja
-, nada se fala do seu conteúdo. Lula, envolvido direto nas denúncias de
Tuma Jr., sempre tão loquaz, ficou mudo quando surgiu o escândalo “Rosegate” e agora anda ainda mais mudo, surdo e cego, dentro do princípio maroto “não sei de nada”.
Muitas
pessoas não conseguem encontrar o livro nas livrarias. A desculpa é
sempre a mesma: “está esgotado”. Muitos suspeitam que petistas estão
comprando o livro em grande número para destruí-lo.
Foi
uma bênção Tuma Jr. ter sido alçado a Secretário Nacional da Justiça.
Só assim tomamos conhecimento dos crimes cometidos pelo PT e aliados,
onde o Mensalão foi o menor deles. Já Tuma pai cometeu um erro
grosseiro, ao mudar de partido, passando para a “base alugada” do PT.
Delegado íntegro e de longa vivência no meio político e na Segurança
Pública, Tuma deveria conhecer melhor o verdadeiro PT, não aquele
candidamente apresentado a ele pelo “Barba”.
Pelo
livro, sabemos que Lula nunca foi de fato um preso do DOPS, mas um
hóspede com muitas regalias. Mais: Lula foi um importante colaborador
(“ganso”) do DOPS, em São Paulo, e tinha o codinome de “Barba”. O
“alcaguete e aprendiz do DOPS” tinha estreita ligação com o delegado
Romeu Tuma e repassava importantes dados sobre passeatas, greves etc.,
de modo que o governo militar se antecipasse aos fatos e tomasse
providências no sentido de garantir a segurança pública e evitar
depredações. Nesse sentido, Lula foi útil ao governo militar. Todavia, o
“Barba” também se valia de sua liderança no meio sindical para, em
conluio com os patrões da indústria automobilística, aumentar o preço
dos veículos. A desculpa marota era sempre a mesma: aumento do salário
dos metalúrgicos. (O que não foi a redução do IPI dos carros, quando o
“Barba” se tornou presidente, senão uma autêntica malandragem, que
atendia tanto aos metalúrgicos, que mantiveram os empregos e aumentaram
seus salários, quanto aos donos das montadoras, que nunca lucraram tanto
na vida?)
O
livro aborda em detalhe a estratégia petista de alcançar o poder
totalitário, desde que Lula, “o ganso que virou pavão”, se tornou
presidente da República. Jornalistas amestrados (a “língua alugada” de
que fala Tuma Jr.) também se prestam a esse objetivo: “Lula e o PT são mestres em usar a imprensa e o dito jornalismo investigativo como peças de contrainteligência e de condenação avant la lettre: a imprensa acaba sendo levada a fazer o papel de um tribunal de condenação que precede toda a segurança jurídica” (pág. 23). “O
jornalista publica o que recebe, e tal notícia acaba sendo anexada a um
inquérito como verdadeira. Ou vira a peça inicial do inquérito. Tem
mais: quando a reportagem de um jornalista é agregada ao inquérito com
informações que você mesmo plantou, emprega-se outro truque: ao anexar o
texto da reportagem nesse inquérito, você o ‘vitamina’ com altas doses
de mentiras. Ninguém vai checar se a reportagem que gerou o inquérito
continha ou não essas informações. O truque é muito simples. Coloque
pitadas de mentiras ainda mais mentirosas na reprodução, no corpo do
inquérito, do que aquilo que foi publicado pelo jornal” (pág. 24-25).
Com as redes sociais, a “falconaria” petista se esmera em assassinar reputações, tanto de revistas, quanto de pessoas: “As
redes sociais transformaram-se num instrumento poderoso para a
guerrilha virtual na qual o PT tem sido imbatível, pois há muito tempo
seus seguidores aprenderam a lidar com essa poderosa arma” (pág. 139).
O
livro aborda também temas bombásticos, como o caso ainda insepulto de
Celso Daniel (torturado no corpo com cano de arma quente, antes de levar
15 tiros), a Operação Satiagraha, o dossiê Alstom (desde 2008 o PT
queria vazar os dados e usou o CADE para isso em 2013, para atingir
governos tucanos), o dossiê Ruth Cardoso, o Rosegate, o grampo ilegal
contra ministros do STF. O último capítulo aborda em detalhes a Operação
Trovão, que tinha como alvo fritar Tuma Jr, Secretário Nacional de
Justiça, envolvendo-o com um chinês acusado de ser um mafioso, Paulo
Lee, quando na verdade Tuma Jr. tinha em mente promover uma anistia, de
modo que estrangeiros conseguissem a naturalidade brasileira, dentro da
lei. Segundo Tuma Jr., Lula o usou como fraldão geriátrico, totalmente
descartável, e foi essa covardia que resultou no agravamento da saúde de
Tuma pai e sua consequente morte:
“Nunca
me calei, sempre mandei apurar. Até que chegou a minha vez. Gilberto
Carvalho, braço direito de Lula, e ainda de Dilma, tentou negociar o meu
silêncio sobre os trambiques e sinecuras que testemunhei, sobre tudo o
que sei, como ninguém, a respeito da morte de Celso Daniel, em troca de
uma cerveja, você verá. Não aceitei. Veio o refluxo. Fui levianamente
acusado e covardemente frito. A história que se segue é a história da
tentativa de assassinato da minha reputação. Que, a bem da verdade, como
uma estratégia das organizações criminosas, se consumou em boa parte e
medida. Além de tirar a vida do meu querido e amado pai, tais estrategos
do lulismo atingiram em cheio as outras duas coisas que mais prezo, e
que valem muito mais que minha vida: a minha família e a minha honra” (pág. 25). “Eu
havia sido frito e defenestrado pela mídia depois que o governo Lula
resolvera divulgar uma velha e falsa notícia – a de que eu teria
favorecido um suposto contrabandista oriental, que sequer foi denunciado
por isso. E mais: que eu era amigo do chefe de uma ‘máfia’ que jamais
disseram qual era, quem integrava, quais suas atividades. Tudo para
atingir a reeleição de meu pai e inviabilizar minha permanência no seu
governo, combatendo a corrupção e o crime organizado, que, como o tempo
mostrou, nele se instalaram confortavelmente. De resto, eis aí os
motivos que levaram meu pai à UTI” (pág. 30).
O
PT, desde sempre, se valeu de métodos clandestinos para bisbilhotar e
fabricar dossiês falsos contra adversários políticos, principalmente em
época de eleição. Foi assim no caso dos “aloprados” - um maroto
eufemismo lulano. Foi assim para derrubar Collor de Mello na tal
“campanha pela ética”. Foi assim na “CPI dos Anões do Congresso”, quando
o senador Esperidião Amin chamou os arapongas petistas de PTPol, a
Polícia do PT. Amin estranhava a desenvoltura com que José Dirceu
apresentava documentos que só um espião poderia fazer - aliás, José
“Daniel” Dirceu, então presidente do PT, é especialista em Informações,
Contrainformação, Estratégia e Segurança Militar, com treinamento em
Cuba, e fez parte do MOLIPO, grupo terrorista criado pelo Serviço
Secreto cubano.
O que me chamou a atenção foi o modus operandi
da Polícia Federal, no tocante à indústria de dossiês, à disseminação
desbragada de grampos e o uso também ilegal dos Procedimentos Criminais
Diversos (PCD) e dos Relatórios de Inteligência (Relints), utilizando-os
como peças do processo judiciário. É sobre esse grave assunto que
pretendo focar. Assim, faço a seguir algumas transcrições do livro, para
que os leitores tirem suas conclusões.
Escreve Tuma Jr.:
“80%, para ser bem favorável a eles, são casos que nascem de “grampos” ou de compartilhamento de relatórios produzidos em inquéritos ou nos anômalos PCDs – Procedimentos Criminais Diversos – iniciados com as tais escutas que a lei diz que só devem ser realizadas em último caso, ou quando não houver outro meio de prova. Mas eu pergunto: quando se escolhe um alvo para se investigar, e não um crime, como usar outro tipo de diligência que não o ‘grampo’ ”? (pág. 72)
“80%, para ser bem favorável a eles, são casos que nascem de “grampos” ou de compartilhamento de relatórios produzidos em inquéritos ou nos anômalos PCDs – Procedimentos Criminais Diversos – iniciados com as tais escutas que a lei diz que só devem ser realizadas em último caso, ou quando não houver outro meio de prova. Mas eu pergunto: quando se escolhe um alvo para se investigar, e não um crime, como usar outro tipo de diligência que não o ‘grampo’ ”? (pág. 72)
“As
operações da PF aumentaram quinze vezes durante o governo Lula.
Pularam, por exemplo, de 16 em 2003 para 143 até agosto de 2009. De 2003
para 2010, o número de funcionários da PF saltou de 9.231 para 14.575,
um crescimento de 58%” (pág. 73).
“Sob
Lula, a PF teve tantas e tamanhas operações porque a lógica foi
invertida: ela estipulava primeiro o ‘alvo’ e depois passava a gerar
supostas informações sobre ele. Sempre com dossiês ou grampos. Só o
vocábulo ‘alvo’, em si, já induz que ninguém mira em algo para errar.
Sob Lula, tivemos, industriosamente, a juntada de relatórios do bunker da
PF em inquéritos, e pior: sem qualquer compromisso cronológico com a
realidade dos fatos. Aí, antes de qualquer coisa, você vaza na imprensa
esses relatórios, e condena o acusado no tribunal em que os sites de
pesquisa se transformaram. Sob Lula, passa-se a investigar alvos, não
crimes, e cria-se uma polícia de estado totalitário” (pág. 74).
“Não
é para menos que Márcio Thomaz Bastos me sugeria, antes mesmo que eu
assumisse, a ideia de se criar a Super Secretaria Nacional de Justiça,
absorvendo a Senad, o Coaf, o Arquivo Nacional e, a depender das
condições políticas, até a Abin, além de criar o documento único de
identidade sob o nome de Registro de Identidade Civil – RIC. Eu não
viabilizei as mudanças porque temia a aglomeração e concentração
demasiada e absoluta de poder num mesmo órgão. Parece até que eu já
pressentia os riscos e acontecimentos futuros” (pág 74).
“Ademais,
no meu ponto de vista, alguns deles funcionavam adequadamente e na
estrutura correta, e a ideia do RIC, que eu recusei, acabou indo para a
PF: CPF, RG, CNPJ, carteira nacional de habilitação, título de eleitor,
tudo num número só, num só documento, num único arquivo ou banco de
dados” (pág 75).
O
Exército Brasileiro está fazendo uma nova identidade para seus
militares da ativa, em formato de cartão, onde irá constar o RG, CPF,
CNH, título de eleitor, PASEP, tipagem sanguínea, dados do registro de
casamento. O banco de dados terá também as digitais eletrônicas dos
dedos das mãos dos militares. Esses dados, inclusive a digital do
polegar direito, na verdade já constam na identidade tradicional - com
espaço do RIC em branco. Bom para os usuários, ótimo para a
bisbilhotagem do PT. Se dados pessoais de militares da ativa do
Exército, como identidade, CPF, Banco e conta-corrente onde recebem seus
vencimentos vazaram recentemente na Internet, por que esses dados do
RIC verde-oliva não iriam parar no Data Center da PF para utilização da Gestapo petista?
“Serviços
secretos, de inteligência, ou mesmo polícias mundialmente famosas não
usam nem nunca usaram os métodos da PF de fazer IP (Inquérito Policial)
ou procedimentos similares no setor de inteligência. Cito como exemplos:
o FSB (Serviço de Inteligência Russo), a antiga KGB da ex-União
Soviética, a CIA americana, o Mossad israelense, e o Serviço de
Inteligência Britânico MI5; ou ainda a Direção de Inteligência Militar
(DIM) e os Serviços de Inteligência Bolivariana (Sebin), antiga Direção
de Serviços de Inteligência e Prevenção (DISIP), da Venezuela. É
possível que somente a temida Gestapo tenha se aproximado dessa atuação,
mas sem as mesmas tecnologias de hoje. Enfim, uma vergonhosa invenção
brasileira, um produto que sequer a ditadura concebeu” (pág. 82).
“Essa DIP, Divisão de Inteligência Policial, é um bunker,
onde se coleciona uma série de informes, informações, relatórios e
dossiês contra o ‘mundo’ sem que seja dada a necessária e correta
difusão. A Polícia Federal usa isso como um bunker,
acessado no momento em que interessa atacar ou promover uma investigação
contra um novo ‘alvo’, da polícia ou do governo. Fala-se tanto nos
tempos da ditadura, em seus arquivos, mas isso ocorre nas barbas desse
governo; pior: com sua condescendência, e ninguém toma qualquer
providência” (pág 82-83).
“Vejamos
o caso do ex-senador Demóstenes Torres. Eles arquivaram um relatório de
inteligência feito contra ele e que datava de 2006. Por que não fizeram
nada na época? Porque não interessava. O tal relatório ficou cozinhando
nas gavetas do bunker. No momento político oportuno, tais
papéis saíram do forno para atingir Demóstenes, figadal adversário do
governo petista. Tudo isso porque o governo estava operando para
Demóstenes migrar para a base petista aliada. E quando definitivamente
ele não foi, chegou a hora de o galo cantar; e o relatório de
inteligência veio, altissonante, à luz do dia e para toda a mídia” (pág. 85).
“O
uso absurdo e excessivo do Auto de Investigação Preliminar – AIP, que,
como o Procedimento Criminal Diverso – PCD, não sofre qualquer
correição, controle interno e externo, é outra aberração. Esse tipo de
procedimento não tem respaldo na legislação penal. Quando a polícia quer
ou tem que investigar algum fato típico, o faz no bojo de um inquérito
policial, nos termos do Código de Processo Penal. Esse procedimento, uma
vez instaurado, não pode ser arquivado sem ordem judicial. Esses PCDs
ou AIPs, ao contrário, são procedimentos anômalos que podem se prestar a
uma série de arbitrariedades e desmandos de toda ordem. Podem,
inclusive, servir como um instrumento muito eficiente para corrupção, na
medida em que não sofrem qualquer controle e não possuem qualquer
registro. Quem manda começar pode mandar encerrar” (pág. 87).
Uma
prática comum nos vazamentos da PF é apresentar apenas a decupagem
(resumo) das gravações, escolhida a dedo, e não a degravação (íntegra).
Publicado o grampo ilegal na imprensa, é a senha para o início de
processo criminal. O “indiciado” passa a ser automaticamente condenado
pelo “STG – Supremo Tribunal do Google”, com a exposição de seu nome no
site da PF. Segundo Tuma Jr., são operações sistemáticas de
desinformação e contrainteligência realizadas pela Gestapo tupiniquim,
de modo a destruir o “inimigo”. Como se sabe, o PT trata os adversários
políticos como inimigos do Estado, que devem ser eliminados.
“Essa
técnica de gravar, editar e vazar, sobejamente usada, é uma nova
modalidade de violação dos direitos e garantias fundamentais em forma de
tortura psíquico-física. Trata-se do moderno ‘pau de arara’ virtual, um
legado desse governo” (pág. 93).
“A
DIP, Divisão de Inteligência Policial, e o SIP, Serviço de Inteligência
Policial, são áreas reservadas e secretas. Ali nem o Ministério Público
entra, nem o próprio pessoal da PF que não for dali entra! Eles não têm
cartório; você não pode consultar os registros dos inquéritos porque
são inquéritos ‘fantasmas’. O golpe tem vagos fundamentos no direito e
nenhum deles na democracia, porque, quando registram o inquérito,
fazemno de forma errada, para nos confundir. Vai descrito como um crime
para ser apurado na ‘delegacia de Crimes contra a Previdência Social’,
mas é possível mandá-lo pra outro lugar, sem declarar. Na DIP ninguém
pode entrar, o cara vem te receber na porta. É um órgão que não sofre
correição, ninguém vai lá, nem o Ministério Público faz correição lá.
Não tem controle externo nem interno. É o diabo à solta. Os advogados
estão ferrados, meu caro. Se chegam lá, não têm acesso, não entram na
sala, ficam de fora. Eles mandam algum meirinho, ou esbirro, que fala
para o advogado: ‘Olha, doutor, aqui não tem inquérito’. O advogado só
conseguirá achar o inquérito depois de um mês, na delegacia errada” (pág. 98-99).
“Os
relatórios de inteligência de hoje são 99,99% feitos de decupagem, que
não é transcrição mas dedução de conversa gravada em telefone. Pior:
eles são feitos por agentes, escrivães ou papiloscopistas policiais,
contrariando frontalmente a lei, porque não é atribuição desse pessoal
da Polícia Federal. O único que tem atribuição para produzir documento
de inteligência é o delegado de polícia, conforme o decreto do
Ministério do Planejamento que nós temos aqui. Se for produzido por
agente, escrivão ou papiloscopista, é ilegal” (pág. 105).
Sobre os veículos aéreos não tripulados (VANT), hoje mais conhecidos como drones, adquiridos para vigiar nossas fronteiras, escreve Tuma Jr. “Descobri
que o projeto verdadeiro era outro... Esse avião consegue voar sem ser
notado, por exemplo, em cima de Brasília e filmar o que um senador ou
ministro do STF está fazendo dentro de casa” (pág. 107).
“Essa
é a grande contradição que ninguém explora, esse negócio de
transparência que eles continuam pregando, Lei de Acesso à Informação
etc. Eles querem dar acesso à informação aos arquivos da ditadura, que
são arquivos porque nunca foram usados em processos. Existem relatórios
de inteligência para subsidiar a decisão dessas autoridades superiores.
Na ditadura servia para isso. Na democracia, esses relatórios de
inteligência servem para prejudicar os outros, para usar como peça de
polícia judiciária. Em vez da questão de depoimento judicial, se usa
isso como peça de inteligência e arquiva-se o relatório. A própria
Polícia Federal agora está usando documento de 2004 contra a amiga do
Lula, a Rosemary Póvoa Noronha. Por que ela não foi investigada em 2004?
Por que não botou para frente isso? Houve chantagem? Eles prevaricaram
na época? Não, era um documento de inteligência e está sendo usado agora
como documento de polícia judiciária, um supercrime!” (pág. 107).
“A pergunta que eu faço é: o que era mais importante para o Estadão noticiar?
A foto do ‘chefe da máfia’, um chinês, com o secretário nacional de
Justiça na China, ou entregando um presente para o presidente Lula numa
sala reservada do Ministério da Justiça? Eu respondo: é óbvio que, se
não fosse armação do governo com o jornal, se o indivíduo fosse mesmo um
mafioso, o Lula estaria na capa do Estadão e não eu. Era
só uma questão de raciocínio, mas os demais veículos da mídia preferiram
entrar no barulho da ‘Trovão’; não se ligaram que ali também foram uma
espécie de ‘fralda’ para o Planalto e para a PF, que, seletivamente,
também escolheram as fotos que seriam vazadas” (pág. 115).
“Na
PF, o silogismo, para dedução em inteligência, funciona assim: ‘Todo
ladrão tem arma em casa; você tem arma em casa; logo, você é ladrão’. Ou
ainda, para usar o primeiro exemplo: ‘Todos os homens são mortais; ora,
você é mulher; logo, é imortal’ ” (pág. 130).
Quer mais? Compre o livro...
Na pág. 151, Tuma Jr. escreve: “Relato
tais atrocidades com a profissão de fé de quem bota uma mensagem numa
garrafa: alguma autoridade vai sacar a rolha, abrirá tudo e lerá”. Será que ainda existe alguma autoridade com aquilo roxo e abra a rolha da garrafa? Ou já está tudo dominado?
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