Donaldson Gomes
Enquanto parte optou por não ir às ruas para evitar novos atos de violência, alguns participantes das manifestações fizeram convocações para atos no Campo Grande, Rótula do Abacaxi e Iguatemi.
Na sexta, 21, o governador Jaques Wagner determinou o reforço do efetivo policial na cidade.
O poeta Pareta Calderasch disse através do Facebook que não vai e desejou sorte aos companheiros de luta. "Estarei torcendo pra que tudo dê certo, peço somente pra que fiquem atentos", pediu. Mais cedo, ele mostrou receio de que o movimento fosse utilizado por "agitadores" e "infiltrados".
A ativista Carla Zambelli, que participa do movimento Nas Ruas contra a Corrupção, disse que o grupo também não iria participar de protestos para evitar desgastes ao movimento. "Nós sabemos que não teremos acesso à Fonte Nova e entendemos que ir para a rua amanhã (hoje) serviria apenas para atrair os fanáticos. O que nós queremos é atrair o povo de verdade para o nosso lado", diz Carla.
Segundo Carla, a próxima manifestação do grupo em Salvador deve ser organizada na próxima semana.
Acesso ao jogo - Existem pelo menos duas manifestações marcadas com o objetivo de tentar bloquear o acesso à Fonte Nova.
Uma delas, marcada pelo grupo Salvador, Assim Você Me Mata, conseguiu 249 adesões até às 22 horas de sexta para um protesto marcado para sair da Rótula do Abacaxi às 11 horas, em direção ao Bonocô.
Outro protesto que também tem como destino o Bonocô está previsto para sair do Iguatemi às 12 horas.
A ideia de um trajeto capaz de gerar um confronto foi criticada por diversos manifestantes nas redes sociais, mas encontrou eco nos comentários de outros.
"Esse comportamento de ir na direção de um provável confronto é irresponsável, na medida que o movimento não precisa de confronto com a polícia para ganhar visibilidade nacional e internacional", defendeu um.
Confusão - Muita gente reclamou também de informações desencontradas a respeito das manifestações.
Por volta das 15 horas chegou a circular um comunicado dizendo que não aconteceria nenhuma reunião na sexta. Poucas horas depois, a reunião no Passeio Público foi confirmada, bem como a decisão de parte do MPL de fazer o protesto.
Uma parte dos manifestantes defendeu a decisão de que fazer ou não o protesto neste sábado, ficasse guardada pelo maior tempo possível para tentar dificultar uma eventual repressão policial. "As coisas vão acontecer de última hora para evitar a repressão", diz um dos participantes.
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