'Fantástico, impressionante', diz professor sobre ato público no Acre

Dia do Basta levou milhares de pessoas às ruas no centro de Rio Branco.
Manifestantes fizeram diversas reivindicações por mudanças no Brasil.

Duaine Rodrigues Do G1 AC

Dia do Basta reuniu milhares de pessoas neste sábado no centro da capital acreana (Foto: Duaine Rodrigues/G1)

Famílias, jovens, crianças, idosos, religiosos, profissionais de diversos setores, estudantes e aposentados. A população de Rio Branco estava representada em todas as suas camadas no manifesto denominado 'Dia do Basta', que aconteceu na tarde deste sábado (22) na capital do Acre.
O movimento contou com a participação de milhares de pessoas, que caminharam por várias ruas do centro de Rio Branco, saindo da frente do Palácio Rio Branco, na Praça Eurico Gaspar Dutra, e sendo finalizado na Praça da Revolução, em frente ao Batalhão da Polícia Militar.

Professor Cléder da Silva ficou impressionado com
a força do movimento (Foto: Duaine Rodrigues/G1)

O professor Cléder Bezerra da Silva diz ter ficado impressionado com a quantidade de pessoas que foram às ruas protestar. "Fantástico, impressionante. Fazia tempo que eu não via o Acre em peso dessa forma", comenta.
Ele considerou o movimento positivo por mostrar o descontentamento da população. "Quanto a questão governamental, contra todos esses fatos de corrupção, roubalheira e contra essas atitudes antidemocráticas que o governo brasileiro está causando à população", afirma Cléder Bezerra.

A funcionária pública Francisca Britto, de 25 anos, avalia o momento como formidável para o processo de reforma que está sendo buscado. "É um momento importante que o país está vivendo diante de toda essa problemática política e social. É fundamental ver o povo na rua, coisa que há muito tempo não víamos", afirma.

Francisca Britto (à direita) e sua turma de amigos participaram da manifestação (Foto: Duaine Rodrigues/G1)

Francisca garante que não ficou surpresa com a multidão que caminhou unida pelas ruas do centro de Rio Branco. "O povo do Acre está muito participativo e engajado nessa causa de vir para a rua, mostrar a cara e cobrar melhoria e reforma política, tributária e social. Esse movimento vai ficar como exemplo por ter sido realizado de forma bonita, buscando os nossos direitos de um modo pacífico, sem perder a razão", afirma.
Diversas reivindicações

Caio Mota (E): 'ato apartidário e por melhorias para
o Brasil' (Foto: Duaine Rodrigues/G1)

O jovem Caio Silva Mota, de 18 anos, estava acompanhado de amigos empunhando cartazes e com os rostos pintados com as cores verde e amarela. Segundo ele, o ato não tinha qualquer vínculo com partido político e visava reivindicar melhores condições para toda a população brasileira.
"A mensagem que trago é de reivindicar a melhora no país ao todo, na questão de saúde, educação, porque não estamos vendo resultado, apesar de se ter investimentos. Meu movimento é apartidário, as pessoas têm que vir para a rua sabendo o que estão reivindicando e para que estão fazendo isso. Pintamos o rosto para simbolizar que estamos fazendo algo pelo nosso país, para finalmente ter orgulho de ser brasileiro", disse.
Renda extra
A vendedora ambulante Maria Maciel, de 35 anos, que aproveitava o ato para garantir uma renda extra com o comércio de água mineral e refrigerantes disse apoiar o protesto e espera que haja resultados positivos.
"É uma ótima oportunidade para conseguirmos obter um dinheiro extra. Acredito em um movimento pacífico e espero que tenhamos retorno. O Brasil, o Acre, a sociedade em geral estava precisando de um ato como esse", declara.

A vendedora ambulante Maria Maciel segura um cartaz com seu protesto (Foto: Duaine Rodrigues/G1)