Segundo a Polícia Militar, não houve confrontos neste sábado (22).
Manifestantes passaram em frente à sede da Prefeitura e da Câmara.
Manifestantes em frente ao prédio da Câmara de Campo Grande (Foto: Fabiano Arruda/G1 MS)
Cerca de 7 mil pessoas foram às ruas neste sábado (22), em Campo Grande,
para participar do terceiro dia de manifestações por melhorias na
saúde, educação e contra a corrupção. A estimativa é da Polícia Militar,
que não registrou nenhum confronto ou distúrbio desde as 15 horas
(horário de MS), quando os primeiros manifestantes chegaram à praça Ary
Coelho, no centro da cidade, até as 22 horas, quando a maioria das
pessoas se dispersou. Diversas ruas e avenidas tiveram o tráfego de
veículos bloqueado durante o protesto.Enquanto os manifestantes ainda se reuniam, a Polícia Militar deteve três pessoas, entre elas uma adolescente, com material para pichação e maconha. Segundo a assessoria, esse caso não foi registrado como parte do protesto, pois ocorreu antes da marcha e a algumas quadras de distância da praça do Rádio, local de concentração.
Era por volta de 17 horas quando os manifestantes começaram a passeata pelas ruas do centro da cidade. De acordo com a PM, havia cerca de 1,5 mil pessoas naquele momento. A ação foi tranquila, mesmo assim, alguns comerciantes optaram por baixar as portas dos estabelecimentos.
Cerca de 30 minutos depois, a passeata retornou à avenida Afonso Pena, em direção à sede da prefeitura. Guardas municipais formavam um cordão de isolamento em torno do prédio, mas os manifestantes apenas passaram em frente ao local. A essa altura, já havia aproximadamente 5 mil manifestantes segundo a PM.
Guardas municipais fizeram segurança em frente da prefeitura (Foto: Lucas Lourenço/G1 MS)
Próximo ao pontilhão da avenida Afonso Pena sobre a rua Ceará, os
manifestantes começaram a se dividir em grupos menores. A maioria, cerca
de 5 mil pessoas, seguiu em direção ao prédio da Câmara Municipal, onde
também havia guardas municipais fazendo a segurança, enquanto os demais
permaneceram na avenida. Por volta das 19h30, houve nova divisão no
grupo que ficou na Afonso Pena. Uma parte seguiu em frente e a outra
voltou em direção à prefeitura.Às 20 horas, um grupo de 500 manifestantes chegou em frente à sede da prefeitura e ocupou os canteiros da avenida. Policiais da Companhia Independente de Policiamento de Trânsito (Ciptran) faziam a interdição das duas faixas da avenida. Segundo a Polícia Militar, a maior parte das pessoas já havia se dispersado.
Contra a corrupção
Durante os protestos, pessoas criticavam as ações de vandalismo e valorizavam as manifestações pacíficas. “A gota d'água não foram os 20 centavos, é o sofrimento do povo e os políticos roubando. O vandalismo aqui embaixo vem lá de cima, não somos obrigados a viver com o vandalismo que o sistema faz. A manifestação mostra a essência do sofrimento da população no país”, disse a professora Célia Márcia de Oliveira.
O aposentado Gabino Lino, de 59 anos, levou a filha e o neto às ruas. Ele disse protestar contra a falta de emprego, a cobrança de impostos, que considera abusiva, e o sistema previdenciário do país. “Cada vez mais o governo achata o salário do aposentado, o governo tem uma dívida com os aposentados”, afirmou.
Mesmo com frio, manifestantes foram às ruas em Campo Grande (Foto: Lucas Lourenço/G1 MS)
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