Objetivo é conscientizar produtores rurais sobre a importância da vacinação.
Estado espera vacinar 13,3 milhões de cabeças de bovinos e bubalinos.
Campanha de vacinação contra febre aftosa tem início no RS (Foto: Vilmar da Rosa/Seapa)
Começa nesta quarta-feira (1º) em todo o Rio Grande do Sul a campanha de vacinação dos rebanhos bovinos e bubalinos contra a febre aftosa.
A imunização, obrigatória e de responsabilidade do produtor rural, deve
ser feita até 31 de maio. O governo do estado espera vacinar 13,3
milhões de cabeças.A Secretaria da Agricultura, em uma primeira etapa, vai doar mais de cinco milhões de doses aos produtores que se enquadrem no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) ou na Lei da Pecuária Familiar e que tenham rebanhos de até 100 cabeças por grupo familiar. As vacinas, em volume suficiente para imunizar 25% do rebanho, estarão disponíveis até o dia 24 de maio nas Inspetorias de Defesa Agropecuária.
Na Região da Campanha, a previsão da inspetoria veterinária é de vacinar 1,5 milhão de animas. Cento e quarenta mil doses estão disponíveis para atender a sete municípios da região.
O secretário da Agricultura, Pecuária e Agronegócio, Luiz Fernando Mainardi, considera a vacinação um ato cívico a ser exercido pelos produtores. A imunização, conforme o secretário, protege não apenas os animais de uma propriedade, mas cria as condições para preservação de todo o rebanho bovino e bubalino do Estado contra a doença. “Os pecuaristas devem continuar fazendo a sua parte neste grande esforço que fazemos para elevar o nosso status sanitário, porque só assim teremos condições de acessar os mercados compradores, especialmente aqueles que melhor remuneram a produção”, justificou Mainardi.
Multa
Produtores que não vacinarem ou não apresentarem sua classificação de rebanho vacinado até cinco dias úteis após o encerramento do período de vacinação, portanto, até o dia 7 de junho, serão autuados com base no Decreto nº. 50.072, que regulamenta a Lei da Defesa Sanitária e prevê a penalidade de 60 UPFs, que equivale a R$ 824,40 por propriedade, mais R$ 13,74 (uma UPF) por animal não vacinado.
Atualmente, o Rio Grande do Sul tem um rebanho estimado em 13,4 milhões de cabeças e 370 mil produtores, dos quais 65% recebem a vacina doada. A ideia, neste ano, é de ampliar os índices atingidos em 2012, quando foram vacinados 97,18% dos animais na primeira etapa e 96,34% na segunda etapa da campanha.
Os últimos focos da doença no Estado ocorreram nos anos de 2000 e 2001, quando foram localizados 52 focos de aftosa, sendo sacrificados 26 mil animais. Na época, foram gastos pelo Rio Grande do Sul cerca de R$ 11 milhões para conter a doença. Além disso, a impossibilidade de exportar animais, carnes e produtos de origem animal, levou prejuízos à economia gaúcha.
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