Médicos não dão conta de atender todos os pacientes do hospital.
José Renato acionará a justiça para garantir cirurgia de retina do cunhado.
José Renato Lopes vai acionar a justiça para garantir a cirurgia de retina do cunhado. O procedimento deveria ser realizado há um ano e não aconteceu porque o equipamento está quebrado. “A cirurgia precisa ser feita o mais rápido possível senão ele perderá a visão”, diz.
O motorista Antônio Moraes vive um drama desde o fim do ano passado quando ele descobriu que tinha glaucoma. Segundo o motorista, o diagnóstico foi fácil, mas o tratamento por meio de uma intervenção cirúrgica atrasou e ele está na fila de espera há cinco meses.
“Quem não tem condições de pagar um plano de saúde ou fazer exames particulares corre risco de morrer porque depender do Sistema Único de Saúde (SUS) é um negócio sério”, reclama o motorista.
A dona de casa Veras Lúcia Gonçalves está desesperada. Há semanas ela tenta marcar uma consulta com o neurologista para a sobrinha. A jovem toma remédio controlado fornecido pelo SUS. De acordo com a dona de casa, a medicação está acabando e somente um neurologista pode fazer uma nova solicitação.
“Eu preciso entregar uma ficha preenchida pois somente assim ela terá direito aos remédios. Minha sobrinha toma três medicamentos por dia e, caso não consiga falar com um neurologista, ela ficará sem remédios”, disse Vera Lúcia.
Segundo a direção do HGV, no hospital existem 28 especialidades médicas onde atuam 185 profissionais. O número não é suficiente para atender a demanda de mil pessoas que passam pelo ambulatório diariamente.
“Nós não gerenciamos nossas consultas. Elas são marcadas através da internet pela Central do SUS. Atualmente há dois neurologistas atendendo a população pelo o HGV, juntamente com eles há cinco outros profissionais disponibilizados por uma faculdade particular”, explica Clarisse Mauriz Lira, diretora do hospital.
A população reclama também da falta de comunicação por parte dos funcionários do ambulatório. “A gente pede dinheiro emprestado para vir até o hospital e quando chega aqui não é consultado pelo médico de imediato. A primeira vez é para marcar um dia que ele vai atender. Os funcionários não explicam nada”, disse o agricultor Antônio Lages.
A direção do HGV informa ainda que já foi aberta concorrência para a compra de um novo equipamento para o setor de oftalmologia e, enquanto o aparelho não chega, o Sistema Único de Saúde está encaminhado os pacientes que precisam da cirurgia de retina para outros estados e com tudo pago.
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