Sigla decidiu pela saída de Jaírson Canário porque parlamentar assumiu secretaria na gestão do prefeito Jonas Donizette (PSB), eleito com apoio tucano
Ricardo Brandt - O Estado de S.Paulo
CAMPINAS - O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP)
suspendeu a decisão do PT de expulsar o vereador eleito pelo partido em
Campinas, Jaírson Canário, que assumiu a Secretaria de Trabalho e Renda
na gestão do prefeito Jonas Donizette (PSB). O prefeito venceu as
eleições do ano passado com apoio dos governadores Eduardo Campos (PSB) e
Geraldo Alckmin (PSDB).
Outros 13 membros petistas locais foram expulsos pelo diretório municipal também por ocuparem cargos de confiança no governo de Donizette. A decisão foi confirmada pela executiva estadual do PT no último dia 24. A legenda estadual deu 20 dias para eles entreguem os cargos no governo ou se desfiliarem por conta própria do partido.
A decisão do TJ-SP vale para Canário, mas pode servir para os demais membros do partido que queiram recorrer à Justiça. A suspensão da expulsão tem caráter provisório, até que seja julgado o mérito da questão.
O advogado de Canário, Carlos Zatta, pediu nulidade da reunião realizada em dezembro de 2012, em que foi decidida a expulsão do vereador, sob a justificativa de falta de quórum. Segundo ele, dois membros da executiva faltaram ao encontro e foram substituídos sem aprovação dos membros.
O presidente do diretório municipal do PT, Ari Fernandes, informou que não há ilegalidade na reunião e que, na ausência de um membro, quando avisada com antecedência, a direção pode indicar substituto.
Segundo Fernandes, a atitude de Canário é uma afronta ao partido, já que ele poderia ter recorrido à executiva nacional, antes de buscar a Justiça. "Não temos nada contra esse governo, mas definimos que qualquer aliança está descartada desde o início, pois ele representa o PSDB", destaca Fernandes.
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