Na porta do Hospital Materno Infantil, ela foi atendida na própria ambulância.
Unidade diz que paciente foi encaminhada ao Ciams Novo Horizonte.
Do G1 GO, com informação da TV Anhanguera
A família de Alessandra Alvez dos Anjos, de 30 anos, denuncia que ela
morreu cinco dias depois de dar à luz por falta de atendimento médico
adequado, em
Goiânia. Ela é de
Goianésia
e foi encaminhada para a capital passando mal, em um veículo do Serviço
de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Com problemas de diabetes e
hipertensão, ela foi atendida dentro da própria ambulância em frente ao
Hospital Materno Infantil, que não tinha vaga na Unidade de Terapia
Intensiva (UTI). De lá, a paciente foi encaminhada para o Centros de
Atendimento Integral à Saúde (Cais) do Setor Vila Nova, que também não
tinha UTI e onde, sem atendimento adequado, a paciente acabou falecendo.
"Talvez se ela pudesse ter sido atendida, ela poderia estar viva neste
momento", lamenta o viúvo de Alessandra, o pedreiro Ronaldo Pereira dos
Santos. Segundo os familiares, a ambulância chegou ao hospital por volta
de 1h30 e teria permanecido na porta da unidade até as 5h30, quando a
família decidiu chamar a polícia. “Eu fiz um boletim e denunciei, mas
quando nós fomos transferidos para o Cais, ela já estava praticamente
sem força e, infelizmente, ela não resistiu”, conta Ronaldo.
O Hospital Materno Infantil informou por meio de nota que o médico
plantonista atendeu a paciente dentro da UTI móvel. Mas como o caso era
grave, ele constatou que ela precisava de uma UTI. O hospital não tinha o
leito, por isso, conseguiu uma vaga de estabilização no Centros
Integrados de Assistência Médico Sanitária (Ciams) Novo Horizonte, mas a
unidade não teria recebido a paciente.
A assessoria de imprensa da Secretaria de Saúde de Goiânia informou que
não há nenhum registro de que o Ciams Novo Horizonte tenha
disponibilizado uma vaga de estabilização e que a paciente não pôde ser
atendida porque a unidade estava lotada. Por isso, ela foi encaminhada
para o Cais da Vila Nova. A secretaria também disse que vai continuar
apurando os fatos.
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