João Pedro Pitombo A TARDE
Com 6.856 cisternas erguidas entre janeiro e março deste ano, o governo terá que construir outros 58.144 equipamentos deste tipo até dezembro. Para isso, será preciso alcançar uma média de 211 cisternas construídas por dia. Do início do governo Jaques Wagner até o ano passado, a média diária foi de 46 cisternas.
As metas de perfuração de poços e construção de sistemas de água simplificados também foram ampliadas para este ano. A expectativa é que sejam perfurados 870 poços e erguidos 950 sistemas simplificados de água.
Coordenador do programa, o secretário estadual de Meio Ambiente, Eugênio Splengler, garante que as metas são viáveis e serão cumpridas até dezembro.
"Temos recursos disponíveis e contratos já firmados com empresas e organizações sociais para realização dessas obras. É um trabalho que será feito gradativamente", afirma. A ordem é priorizar os 236 municípios que estão em situação de emergência.
Barragens - Para garantir o abastecimento de água das cidades, está em andamento a ampliação do sistema integrado de abastecimento de água de Feira de Santana, além da construção dos sistemas de Curaçá, Serra do Ramalho, Ponto Novo, Jacobina e Andorinha.
Nas últimas três cidades, as obras estão sendo feitas em caráter emergencial - ou seja, sem a realização de um processo licitatório. Entre as grandes obras, a principal aposta é a Barragem do Rio Colônia, que vai ampliar a capacidade de abastecimento da região de Itabuna. O investimento previsto é de R$ 71,7 milhões, com previsão de entrega no final do próximo ano.
Esta será a primeira barragem de grande porte projetada e iniciada no governo Jaques Wagner - o que tem gerado críticas da oposição.
Para o vice-líder da oposição na Assembleia Legislativa, deputado estadual Bruno Reis (PRP), a política de recursos hídricos do governo federal é equivocada.
Segundo ele, o Plano Estadual de Recursos Hídricos, aprovado no governo Paulo Souto, previa a construção de seis novas barragens de porte. "Nenhuma delas foi feita porque o governo preferiu o caminho mais fácil e eleitoreiro de construir cisternas", diz o deputado.
Presidente do Comitê Estadual para Ações Emergenciais de Combate aos Efeitos da Seca, o secretário estadual da Casa Civil, Rui Costa, contra-ataca. "Nossas barragens não são feitas a partir de demandas políticas nem de avaliações precárias ou rápidas. São obras feitas com base técnica", afirmou.
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