César Borges (PR) ocupa atualmente vice-presidência do Banco do Brasil.
Ex-senador pelo PFL, Borges se destacou pelo apoio a ACM.
O novo ministro dos Transportes, César Borges
(PR-BA) (Foto: Marcello Casal Jr/ABr)
O Palácio do Planalto anunciou na noite desta segunda-feira (1º) o
ex-governador da Bahia César Borges como novo ministro dos Transportes.
Filiado ao PR, ele substituirá Paulo Sérgio Passos, do mesmo partido e
no cargo desde julho de 2011. A posse deverá ocorrer na próxima
quarta-feira (3).(PR-BA) (Foto: Marcello Casal Jr/ABr)
Por meio de nota, a Secretaria de Comunicação Social da Presidência informou que a presidente Dilma Rousseff agradeceu a “grande contribuição” dada por Passos no governo e desejou “boa sorte” a César Borges.
O anúncio foi feito após reunião entre Dilma e o presidente do PR, senador Alfredo Nascimento, que foi ministro dos Transportes no início do governo, e pediu exoneração após suspeitas de direcionamento em licitações e superfaturamento em obras rodoviárias.
César Borges foi governador da Bahia entre 1998 e 2002, elegendo-se senador no ano seguinte. Antes, já havia exercido dois mandatos de deputado estadual, entre 1987 e 1995. Paulo Sérgio era secretário-executivo do ministério quando Alfredo Nascimento foi afastado após denúncias de irregularidades. Passos foi então efetivado como ministro interino e comandou o ministério até o momento.
Divisão
A escolha de César Borges para o Ministério dos Transportes dividiu a bancada do PR na Câmara, segundo integrantes ouvidos pelo G1. O deputado Luciano Castro (PR-PR) afirmou que o partido não foi ouvido pela presidente Dilma Rousseff.
“Não tenho muito a comentar. É uma escolha da presidenta. Pelo que eu ouvi do líder do partido [Anthony Garotinho], ele não foi consultada sobre isso. Acho que a bancada federal devia ter sido ouvida. Poderia até ser o César Borges, mas deveria ser consultada”, afirmou. O próprio Luciano Castro era cogitado para o cargo por integrantes do PR.
Já o deputado Lincoln Portela (PR-MG), ex-líder da sigla na Câmara, elogiou a indicação para o ministério. “É uma escolha perfeita, muito boa. Penso que nesse momento foi a melhor a escolha, sobretudo pela experiência do Cesar Borges”, disse.
Portela admitiu, contudo, que há discordâncias no partido sobre a escolha feita pela presidente. “Há quem queria o nome do Luciano Castro, há quem queria o do Jaime Martins, uns defendiam meu nome para o ministério. Eu nunca quis ser indicado. Mas o partido se sente contemplado, e, claro, que a indicação reforça a relação do partido com o governo. Num processo democrático é assim mesmo: uns querem, outros não", afirmou
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