Decisão é tomada após análise de documentos apreendidos no escritório da Presidência em SP durante Operação Porto Seguro; também alvo, diretor da Antaq pede demissão
Fausto Macedo, de O Estado de S.Paulo - alterado às 10h17
A Polícia Federal decidiu indiciar Rosemary Noronha
também pela suspeita do crime de formação de quadrilha. A ex-chefe de
gabinete do escritório da Presidência da República em São Paulo, nomeada
para o cargo ainda no governo Luiz Inácio Lula da Silva, já era
investigada por tráfico de influência, falsidade ideológica e corrupção
passiva. Segundo a Operação Porto Seguro, da PF, ela integrava um
esquema de venda de pareceres técnicos de órgãos públicos para empresas
privadas.Nesta semana, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, esteve no Congresso para dar explicações sobre a operação. Afirmou aos parlamentares que não havia "uma quadrilha instalada no seio da Presidência", justamente pelo fato de Rose não ter sido acusada de integrar o núcleo central do grupo suspeito.
Demissão. Suspeito de ter beneficiado a empresa Tecondi, reconhecendo a ela o direito de explorar um terminal de contêineres no Porto de Santos, o diretor-presidente da Agência de Transportes Aquaviários (Antaq), Tiago Pereira Lima, pediu demissão ontem. Ele também foi indiciado pela Polícia Federal sob suspeita de integrar a quadrilha de venda de pareceres de órgãos públicos a empresas privadas.
Lima encaminhou sua carta ao Planalto pedindo seu afastamento, mas ela foi direcionada à Secretaria dos Portos. Com a publicação da regulamentação do setor portuário, a Antaq passa a ser vinculada ao ministro Leônidas Cristino, que acolheu imediatamente o pedido de demissão. O ex-diretor da Antaq tem ligações com Paulo Vieira, apontado como chefe do grupo suspeito. / COLABOROU TÂNIA MONTEIRO
Nenhum comentário:
Postar um comentário