Estado registra, ao todo, 9 casos totais da doença.
Especialistas alertam para riscos e intensificação do problema.
Soja guaxa em Mato Grosso com ferrugem asiática
(Foto: Wanderlei Dias Guerra/Mapa)
Três casos de ferrugem asiática foram constatados em lavouras
comerciais de soja em Mato Grosso. Dois identificados pela Fundação MT e
um pelo laboratório de fitopatologia e nematologia (Cooaleste), todos
listados junto ao consórcio antiferrugem, até esta sexta-feira (14).
Ipiranga do Norte, a 455 quilômetros de Cuiabá, Campo Verde e Primavera
do Leste, a 139 km e 239 km, respectivamente, são as primeiras a
registrarem ocorrências desta natureza. (Foto: Wanderlei Dias Guerra/Mapa)
De acordo com o coordenador da Comissão de Defesa Vegetal da Superintendência Federal da Agricultura (SFA), em Mato Grosso, Wanderlei Dias Guerra, a doença chegou mais cedo nas lavouras da temporada 2012/13.
"Chegou mais cedo do que ano passado. Percorremos todo o estado e fizemos o mapa de risco da doença e ela está se manifestando justamente nas regiões que caracterizamos, próximo de Campo Verde, Primavera do Leste e no norte [região]", destacou.
Wanderlei Guerra ainda alerta quanto à possibilidade de disseminação da doença após a colheita da soja precoce, que ocorre em meados de janeiro. "Essa soja precoce, se não haver aplicação correta, pode disseminar a doença na soja tardia", observou.
Cenário atual
Até está sexta-feira (14), 19 casos de ferrugem asiática foram constatados no país, distribuídos entre lavouras guaxas e comerciais dos estados de Mato Grosso (9 casos totais), Paraná (5 casos totais), São Paulo (3 totais), Goiás e Santa Catarina, com 1 cada.
Pesquisador da Fundação de Apoio à Pesquisa Agropecuária de Mato Grosso (Fundação MT), Fabiano Siqueri lembra que a tendência é o número de ocorrências aumentar nos meses de chuva frequente. Lembra ainda que aplicações de fungicidas podem retardar o aparecimento da doença, mas não afastam sua presença das lavouras de soja.
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