Thamires Tavares A TARDE
Segundo o Superintendente de Organização e Atendimento da Rede Escolar da Secretaria Estadual de Educação, José Maria Dutra, são gastos 60 milhões de reais por ano na manutenção e recuperação de 1.400 escolas estaduais. O maior índice de depredação se concentra nas 350 escolas de Salvador e região metropolitana, em que 20.000 carteiras escolares são repostas anualmente devido ao vandalismo e ao próprio desgaste.
A Secretaria da Educação do Estado da Bahia realiza ações educativas principalmente através de campanhas na rede e do programa "Revitalização das Escolas", desenvolvido desde 2007. O projeto visa promover uma articulação da escola com a comunidade local, que, ainda segundo o superintendente, tem ajudado na redução do depredamento.
Além de prejudicar o sistema educacional físico, a verba destinada aos gastos com o material vandalizado poderia ser utilizada em melhorias para a educação. Fabbio afirma, ainda, que a CERE tem registros até de pessoas que quebram telhas de escolas com a finalidade de empinar pipas.
Discutindo sobre o sentimento de pertencimento à escola e a violação do patrimônio escolar em artigo, a especialista em processos de escolarização, Milena Pimenta de Souza, argumenta que as escolas muitas vezes não levam em conta a individualidade do aluno. Para Milena, a vandalização dos estudantes pode ser apenas a maneira de externar o conflito existente entre o discurso e a forma como a educação é feita.
A preservação dos bens materiais pelos que utilizam as escolas públicas é essencial para manter o ambiente acadêmico agradável. As ações educativas são necessárias, mas a própria comunidade e os estudantes podem contribuir com pequenas atitudes para manter suas escolas conservadas.
Não riscar as paredes, não jogar lixo no chão, organizar e cuidar das cadeiras e mesas, manter o chão limpo e preservar os trabalhos expostos pelos colegas, são algumas das atitudes que podem contribuir para a preservação desses espaços públicos em 2013.
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