MEDIÇÃO DE TERRA

MEDIÇÃO DE TERRA
MEDIÇÃO DE TERRAS

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Fezes de dinossauros fossilizadas levam curiosos à praia em Santos


Fósseis e réplicas fazem parte do 46º Congresso Brasileiro de Geologia.
Grãos de areia com formato de estrela também são atração.

Anna Gabriela Ribeiro Do G1 Santos

Coco de dinossauro em feira de Santos (Foto: Lincoln Chaves/G1)Fezes de dinossauro em feira na praia de Santos (Foto: Lincoln Chaves/G1)
Uma exposição bastante curiosa, instalada ao ar livre, na praia do Gonzaga, em Santos, no litoral de São Paulo, tem despertado a curiosidade de milhares de moradores e turistas que visitam a região. No local estão expostos fósseis de dinossauros, raros tipos de minérios e rochas e areias de várias partes do mundo que podem ser observadas por meio de um microscópio. O que mais chama a atenção, porém, são objetos que parecem pedras mas, na verdade, são fezes de dinossauros fossilizadas há mais de 260 milhões de anos.

O museu a céu aberto faz parte do 46º Congresso Brasileiro de Geologia. Mais de 3 mil pessoas, de 21 países diferentes, estão em Santos para participar do evento. Visitando o museu a céu aberto, é possível conferir cerca de 10 estandes com amostras de rochas e minérios, maquetes, jogos lúdicos e explicações de universitários sobre a ciência. "O museu é um extensão do congresso, mas com cunho social. A pessoa começa a entender o que é o pré sal, o que é a rocha do pré-sal e, inclusive, sai do local com uma amostra de óleo do pré sal. São 10 mil frascos que foram preparados para atender toda a população", explica Fábio Braz Machado, professor da Universidade Federal de São Paulo e presidente do congresso.

Além de aprenderem um pouco sobre o pré-sal, pessoas de todas as idades podem ter contato com partes de seres que habitaram o planeta há milhões de anos. Os visitantes podem conferir fósseis de dinossauros que viveram há cerca de 260 milhões de anos. "As fezes fossilizadas nos fornecem informações importantes sobre o hábito alimentar, peso e todas as características fisiológicas do animal", explica Fábio Machado. Além dos fósseis, uma réplica em gesso da cabeça de um 'alossauro', um gigante carnívoro que habitou a América do Sul em outros tempos.

A estudante Luísa Marques, de 8 anos, é uma das crianças que se fascinaram observando os fósseis e os grãos de areia. "A minha areia favorita é a do Japão, que tem formato de estrelas quando vejo pelo microscópio", afirma. As amostras são exibidas por estudantes do curso de Ciências da Natureza, da Universidade de São Paulo (USP). É possível conferir amostras de areias das praias da França, Japão, Havaí e da costa brasileira, de cidades como Ubatuba, Santos e Ilhabela, no litoral paulista. "Aqui explicamos como é formada a areia e apresentamos diferentes tipos, como a branca, a polida e a fosca, entre outras", conta a estudante Carolina Harumi.

Para o organizador do evento, Fábio Braz Machado, a mostra é uma oportunidade para todos aprenderem mais sobre geologia. "É uma atividade muito importante para nós. O evento aproxima a população da geologia, hoje tão presente no nosso dia a dia. Não só pela valorização do petróleo, mas por causa dos minerais e também do meio ambiente. Nosso principal intuito é a educação ambiental. Precisamos mudar e valorizar esse conceito", relata o professor.

A 'Praia das Geociências' acontece na praia do Gonzaga, em Santos, na altura da Praça das Bandeiras. O museu funcionará até a próxima sexta-feira (5), das 11h às 18h. A entrada é gratuita.

Nenhum comentário:

Postar um comentário