Quedas impediram fornecimento de água e alimentação dos animais.
Reunião entre Celg, MP e Eletrobras definirá medidas para evitar problema.
“Tentamos de todos os jeitos para, pelo menos, colocar água para os animais, buscamos até alugar um caminhão-pipa, mas foi impossível. Se a gente fizesse esse procedimento, poderíamos contaminar o tanque d’água e correr o risco de mais de 2 mil porcas morrerem. O prejuízo foi de aproximadamente R$ 45 mil”, conta o suinocultor Walter Bailão. O granjeiro Cleyton Cruvinel lamenta: “O resultado do trabalho de 20 dias foi perdido em dois dias”.
Somente no sudoeste do estado, cerca de 300 granjas que criam mais de 20 milhões de frangos estão tendo constantes prejuízos por causa das quedas constantes de energia elétrica em Goiás. “Cada ave que morre é um prejuízo para o produtor. Chega uma hora que ele foge do controle que não está na mão dele. O fornecimento da energia para trabalhar não é controlado por ele”, ressalta a presidente da Associação dos Granjeiros, Débora Ferguson.
Providências
Durante uma reunião entre o Ministério Público Estadual, diretores da Companhia Energética de Goiás (Celg) e representantes da Eletrobras, nesta segunda-feira (1º), em Goiânia, serão definidas algumas medidas para conter o problema das interrupções no fornecimento de energia elétrica no estado.
“O Ministério Público quer saber o que não foi feito e o que será feito para conter as inúmeras quedas de energia no estado. Além disso, a Celg deverá explicar como os clientes serão ressarcidos pelos prejuízos causados nesses períodos”, afirma o promotor de Justiça Erico de Pina Cabral. Ele acrescenta: “Vamos estabelecer prazos emergenciais para que a Celg faça ações para conter esse problema em todas as regiões”.
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