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21ª edição do Prêmio Péter Murányi, foram avaliados 138 trabalhos,
indicados por 81 Instituições de 15 estados do Brasil. A ordem dos
vencedores foi definida dia 02 de março de 2023, por um Júri composto de
52 representantes de instituições nacionais e internacionais ligadas à
área de Saúde, integrantes de Universidades federais, estaduais e
privadas, personalidades e membros da sociedade, além dos representantes
das entidades apoiadoras.
Para
Vera Murányi Kiss, Presidente da Fundação Péter Murányi, entidade
promotora do prêmio, o resultado da votação mostra que a importância de
pesquisas e investimentos em avanços científicos está não só nos
resultados imediatos das vacinas, mas também na inibição de novos surtos
de doenças. “É bastante gratificante ver a Fundação premiando
trabalhos que se traduzem em produtos ou serviços inovadores que
melhoram, na prática, a qualidade de vida de muitas pessoas”, afirma. A
Profa. Dra. Neuza Gallina, líder do trabalho 1º colocado, lembra que “a
vacina é um produto que evidencia, sobretudo, a capacidade dos
cientistas brasileiros.” | | 1º colocado – vencedor Título: Desenvolvimento de uma vacina tetravalente para dengue. Instituição Indicadora: Fundação Butantan. Autores: Neuza Maria Frazatti Gallina,
Claudia Regina Menezes Botelho, Everton Magno de Sousa, Vanessa Harumi
Takinami, Francisco Liauw Woe Fang, Flavio Mannaro Medeiros, Alyne
Vieira Barros Cutovoi, Gustavo Gonçalves Perrotti, Vivian Massayo
Kaziyama Suetugui Síntese:
Desenvolvida no Butantan, a vacina contra a Dengue é composta dos 4
tipos de vírus dengue circulantes no Brasil e no mundo é um produto de
grande impacto na saúde pública e econômica do país. Demonstrou nos
ensaios clínicos que, com uma única dose, induziu a produção de
anticorpos protetores contra estes tipos de vírus dengue e que pode
evitar que milhares de pessoas sejam acometidas desta doença, gerando
hospitalizações, óbitos e ausências ao trabalho. Inicialmente
patenteada nos EUA, a vacina já tem patente em 11 países, com o processo
sendo tramitado em mais de 20 outros. | 2º colocado Título:
Vigilância digital como ferramenta inovadora para o enfrentamento da
atual e futura pandemias: da avaliação de eficácia vacinal à previsão de
novas emergências. Instituição Indicadora: FIOCRUZ - Fundação Oswaldo Cruz (Reitoria) Autores: Manoel Barral Netto,
Luiz Landau, Vinícius de Araújo Oliveira, Izabel O. Marcílio de Souza,
Pablo Ivan P. Ramos, Viviane Sampaio B. de Oliveira e Thiago
Cerqueira-Silva Síntese: Projeto
de vigilância em saúde pública que utiliza estratégias de saúde digital
para o enfrentamento de Epi/pandemias. A transdisciplinaridade é
aplicada com o uso de duas linhas de pesquisa interligadas: a avaliação
de eficácia vacinal (VigiVac) e a detecção precoce de novas emergências
em saúde (AESOP). No VigiVac, avalia-se o impacto das quatro vacinas em
prevenir infecção, hospitalização e morte por COVID-19 no Brasil; No
AESOP, pretende-se criar um sistema para fornecer alertas antecipados,
geograficamente localizados, de surtos, alimentado por dados digitais de
saúde coletados rotineiramente. O sistema prevê a estimativa com maior
precisão, mesmo nos estágios iniciais de um surto. | 3º colocado Título: Soberania tecnológica no desenvolvimento de vacinas humanas no Brasil. Instituição Indicadora: FIOCRUZ - Instituto René Rachou e UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais. Autores: Ricardo Tostes Gazzinelli,
Ana Paula Salles Moura Fernandes, Flávia Bagno Fonseca, Flavio
Guimarães da Fonseca, Graziella Gomes Rivelli, Helton Santiago, Júlia
Teixeira de Castro, Natalia Salazar, Natalia Satchiko Homo-Souza e
Santuza Maria R. Teixeira. Síntese: O
surgimento de mutantes do SARS-CoV2, que escapam dos anticorpos
neutralizantes, desafia a eficácia da primeira geração de vacinas
anti-COVID19. Ao contrário da alteração estrutural do(s) epitopo(s)
crítico(s) reconhecidos pelos anticorpos neutralizantes, a resposta dos
linfócitos T frente aos antígenos da Ômicron é preservada em pelo menos
80%. A partir desta informação, foi desenvolvida uma proteína quimérica
que funciona como vacina, composta pela proteína nucleocapsídeo (N) do
SARS-CoV2, enriquecida para epitopos de linfócitos T, altamente
conservados entre variantes. Ela contém também uma região da proteína S,
denominada RBD, que prima os linfócitos T auxiliares que, por sua vez,
promovem uma rápida produção de anticorpos. Esta vacina encontra-se em
ensaios clínicos Fase I em humanos. | Sobre o Prêmio Péter Murányi: O
Prêmio é realizado anualmente, com temas que se alternam a cada edição:
Saúde, Ciência & Tecnologia, Alimentação e Educação. Cada área é
revisitada a cada quatro anos. O valor total entregue é de R$ 250 mil,
divididos entre o vencedor (R$ 200 mil), o segundo colocado (R$ 30 mil) e
o terceiro (R$ 20 mil). O evento e cerimônia de entrega dos prêmios
ocorrerá em abril de 2023. A iniciativa conta com o apoio das seguintes
entidades: ABC (Academia Brasileira de Ciências); ACIESP (Academia de Ciências do Estado de São Paulo); ANPEI (Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras); CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior); CIEE (Centro de Integração Empresa-Escola); CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico); FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo); e SBPC (Sociedade
Brasileira para o Progresso da Ciência). Desde 2002 foram concedidos R$
3.650 milhões em prêmios, tendo sido avaliados 2.039 trabalhos. Para maiores informações, favor visitar www.fundacaopetermuranyi.org.br ATENDIMENTO À IMPRENSA: imprensa@fundacaopetermuranyi.org.br Sandra Colonna +5511 99621-6846 / 95022-6541 FPM SP 03mar23 | | | |
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