MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quinta-feira, 16 de março de 2023

As joias da coroa

 



Vejam bem, se um xeique árabe bilionário, com um harém cheio de odaliscas sedentas de sexo à disposição, manda um presente bilionário para a sua esposa, madrasta dos seus filhos, é porque tem “coisa aí”. Não existe almoço grátis na geopolítica internacional, tem “rachadinha” nessa história. Agamenon Mendes Pedreira para a Crusoé:


O governo Bolsonaro é coisa do passado, mas ele continua arrumando encrenca no presente. O presente, no caso, que ele recebeu do sanguinário príncipe saudita, Mohammad bin Laden, é claro. Pra quem não se lembra, esse Daniel Ortega das arábias mandou fazer picadinho de um jornalista pra usar de recheio nas esfihas do Habib’s. Uma típica história das Mil e Uma Notas de Cem Dólares.

O príncipe merdeiro da Arábia Maldita, quer dizer, Saudita, é uma espécie de Elize Matsunaga com toalha na cabeça e, é claro, mantém uma relação especial com a famiglia Bolsonaro por razões ideológicas. Até aí tudo bem. O problema é que o mimo virou meme e as joias ofertadas pela casa real ficaram retidas na alfândega em São Paulo. Presentinhos como esse acima de um determinado valor astronômico devem ser incorporados ao patrimônio público. Irritado, o ex-presidente e atual foragido queria que os diamantes fossem direto pro seu patrimônio.

Todo mundo conhece algum esquema na alfândega, menos o Bolsonagro. Se ele tivesse falado comigo, eu falava com o Chaguinha, meu conhecido, que já teria liberado a mercadoria. Mas o ex-presidente preferiu utilizar os canais ilegais e pediu ao seu ministro das Minas de Diamante que contrabandeasse as joias na mochila. Como a maracutaia não deu certo, Jair Bolsotário ainda mandou vários aspones tentarem liberar a muamba na Receita Federal a golpes de carteirada. Mais uma vez se deu mal e entrou em depressão porque achava que o colar de diamantes ia parar no pescoço da Janja, pois se as jóias são da coroa, a Janja está muito mais para coroa que a Michelle, com todo respeito.

Na verdade nesse escândalo dos brilhantes existe um aspecto de natureza psico-corno-matrimonial que a grande imprensa não está podendo falar. Por exemplo: se a minha patroa, a Isaura, recebesse, de repente, sem nenhum motivo, um colar, um anel e uma pulseira de brilhantes, eu ficaria bolado, com uma pulga atrás da orelha e, provavelmente, um par de chifres na testa, assunto aliás em que o ex-presidente Jair Bolsocorno tem lugar de fala. Pois bem, se a Isaura, a minha patroa aparecesse com estas jóias caríssimas penduradas em primeiro lugar eu as venderia para um receptador amigo meu, em seguida nos trancaríamos em nossa residência, o Dodge Dart 73 enferrujado, para dividir a grana e fazer uma longa DR, como fazem todos os casais modernos.

Vejam bem, se um xeique árabe bilionário, com um harém cheio de odaliscas sedentas de sexo à disposição, manda um presente bilionário para a sua esposa, madrasta dos seus filhos, é porque tem “coisa aí”. Não existe almoço grátis na geopolítica internacional, tem “rachadinha” nessa história.

Na verdade, Jair Bolsonaba é um sujeito sem noção que confunde a vida pública com a sua privada. Como todo idiota que se preza, o ex-futuro presidiário se acha um cara isssperto e achou que ia pegar as valiosas joias e vender no câmbio negro através de suas conexões com a milícias de Rio das Pedras Preciosas. Com essa grana no bolso(naro), ia poder ficar em Orlando até a poeira baixar e surgir um novo escândalo das arábias.

Só tem um pobrema: hoje em dia, o mundo virou um enorme Big Brother onde tudo que você faz é filmado por câmeras de segurança o tempo todo. Ninguém mais pode fazer nenhuma bandalha ou patifaria que vai logo aparecer o Tadeu Schmidt pra dar uma lacrada e te mandar pro paredão. Do jeito que as coisas vão, o próximo presidente do Brasil, quer dizer, o próximo “líder”, vai ser escolhido pessoalmente pelo Boninho depois de uma nova prova de resistência patrocinada pelas Lojas Americanas.

Agamenon Mendes Pedreira é um sujeito sem predicado
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