Depois de tantas esquisitices que os brasileiros já
escolheram nas urnas para governá-los, direta
ou indiretamente,na prática da sua
deturpada “democracia”,a partir de Jânio
Quadros (31.01 a 25.08.1961),prosseguindo com José Sarney (1985 a 1990),Collor de Mello
(1990-1992), num infeliz resultado das
“Diretas Já”,Fernando H. Cardoso (1995 a 2003),Lula da Silva (2003 a 2011),Dilma
Rousseff (2011-2016) e Michel Temer
(2016 a2019),evidentemente não se poderia “avalizar”essa democracia como “boa”.
Ficou faltando alguém?
Sim,o Governo do Presidente Jair
Bolsonaro, abordado ao final.
OIhandopara esse
“passado” presidencial de má-memória,a única explicação que me ocorre é a de que
algo de muito errado se passa com a “chamada”democracia brasileira ,não somente
em vista dos resultados das eleições periódicas,mas também da relação da
nominata dos candidatosselecionados
pelos partidos políticos,e homologados
por uma Justiça Eleitoral tão “decadente”quanto a própria democracia e política
brasileiras.
Tudo resumido:resulta num um balaio cheio do pior que existena
sociedade. E o mesmo se aplica aosdemais “caçadores” de votos e mandatos eletivos para os poderes executivo e
legislativo das três unidades federativas,União, Estados e Municípios.
Buscando alguma explicação na história da humanidade para
essa “doença” da democracia brasileira, acabo me deparando com algo muito
parecido com a realidade local ,”pasmem
!!!”, na “MeinKampf”(Minha Luta) ,no trecho
em que Adolf Hitler narra a história da política do seu pais natal,a
Áustria,que segundo ele,seria totalmente
tomada por maus elementos,onde através das urnas os
eleitores austríacos acabavam escolhendo a “pior escória da sociedade”, como
dizia,sempre disponível e de “prontidão” para fazer e viver da política.É
certamente por esse motivo que o
“fuhrer” passou a ser considerado pelos políticos do mundo inteiro o bandido Nº
1 da Humanidade,mais que pelo eventual “holocausto” de 6 milhões de judeus. Hitler
“ganha” até dos comunistas,que deixaram um rastro de 100 milhões de
assassinatos por onde passaram,mas que hoje são “endeusados” pelas esquerdas e
pela própria Nova Ordem Mundial, e seus “capangas” no Brasil.
Mas partindo do pressuposto que teoricamente a democracia
deva ser considerada de fato o melhor
método de escolha dos dirigentes políticos de um país, como explicar esse
“lixo” que sai das urnas noBrasil ?Será que se estariapraticando uma verdadeira democracia? Seria porventura uma cruel fatalidade
da democracia “tupiniquim” aceitar como verdadeira a frase do filósofo francês Joseph-Marie
de Maistre,segundo o qual “CADA POVO TEM O GOVERNO QUE MERECE”?
E assim
aceitar a “democracia” como “ela é” ? Como uma perversa “fatalidade”?
Na verdade não ésuficiente
uma democracia só escrita no
“papel”. A democraciaeleitoral exige
virtudes democráticas, tanto nos que escolhem os candidatos , quanto nos que
são escolhidos. Um bom povo,politicamente amadurecido, necessariamente vai optar por políticos de equivalente
qualidade, que estejam à altura da
sociedade. Nessa reciprocidade reside a verdadeira democracia. É por isso que a
democracia deturpada,falsificada,corrompida,degenerada,geralmente pode trazer resultados mais desastrosos ao
bem comum do que os regimes políticos absolutistas,tiranias ou ditaduras.Os
absolutismos não enganam. As democracias têm esse poder.
Tanto o filósofo Aristóteles( 385 a.C-323 a.C)),quanto o
historiador e geógrafo Políbio (203
a.C-120 a.C),ambos da Antiga Grécia,desenharam com perfeição a corrupção da
democracia. Aristóteles considerava a“demagogia” a forma corrompida da
democracia,e seus beneficiários seriam
os políticos usurpadores das
deficiências da consciência democrática dos eleitores,que buscavam
conquistar os seus votos mediante artifícios enganosos e mentirosos. O demagogo
procura vender ao eleitor uma falsa imagem, com promessas que jamais pagará. O
mais comum deles é aquele “cara” que
não consegue enxergar uma criança ao seu
alcance ,ao lado de uma mídia atenta,
sem levar essa criança ao colo com mil
“beijinhos”. E para todos verem.
Mas apesar de ter adotado a mesma classificação de Aristóteles
nas formas governo,o que fez em “A
Política”,Polibiodele divergiu no tocante à degeneração da democracia,substituíndo
a “demagogia”,preconizada por Aristóteles,pelo que denominou de OCLOCRACIA.
A “oclocracia” de Políbio incluía a demagogia aristotélica,mas
ia bem mais longe, enquadrando nessa modalidade todos os outros víciosmorais que podem afetar o “candidato” a
um cargo eletivo, inclusive a chamada “cleptocracia”,uma expressão moderna que
significaria o “regime político dos ladrões”.
E como ficaria o Presidente Bolsonaro nesse “quadro”
político?
Não resta qualquer dúvida que a eleição de Bolsonaro deu-se
por uma espécie de “acidente-de-percurso” da chamada democracia brasileira,que
somente “divergiu” dos critérios adotados nas
eleições anteriores em relação à escolha do candidato à Presidência da
República, mantendo todas as diretrizes
“oclocráticas” anteriores para as
eleições legislativas federais e
estaduais ,bem como na eleição
dos governadores.É por esse motivo que
imaginar o amadurecimento da democracia
brasileira pela simples eleição do
Presidente Bolsonarto seria ir longe demais,mesmo um equívoco.
Mas o Presidente Bolsonaro acabou sofrendo uma feroz
resistência para governar,justamente pela união de todos os “oclocratas”
que participaram ou apoiaram os governos
anteriores,especialmente de 1985 em diante,com irrestrito apoio das
maiorias do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal,que
não mediram esforços para sabotar e boicotar o seu Governo, em todos os aspectos,objetivando com
isso os seus “retornos” ao poder político perdido em 1º de janeiro de 2019.
Sérgio Alves de Oliveira
Advogado e Sociólogo
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