Foto: Felipe Frazão/Agência Brasil
A adoção de novas regras para classificar agrotóxicos no país
fez o número de produtos tidos como “extremamente tóxicos” à saúde
passar de 702 para apenas 43. Os dados foram tabulados pela Folha de
S.Paulo a partir de lista da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância
Sanitária) publicada nesta quinta-feira (1º) com a nova classificação
dos produtos. Ao todo, a lista compreende 1.942 agrotóxicos. Destes,
apenas 18 não tiveram mudanças na classificação. Na prática, a medida
diminuiu o número daqueles classificados em categorias mais altas de
toxicidade e aumentou, de forma expressiva, aqueles em categorias mais
baixas. A mudança ocorre após a aprovação de um novo marco regulatório
para o setor. Divulgada neste mês em meio a polêmica, a norma faz
alterações no modelo de classificação dos agrotóxicos e nos parâmetros
de comunicação do perigo ao trabalhador, a qual deve ser feita no
rótulo.A principal mudança ocorre em relação à definição dos produtos que devem ser classificados como de maior toxicidade. Antes, produtos que causavam úlceras, corrosão na pele e opacidade da córnea eram classificados como extremamente tóxicos. Agora, essa categoria só alertará sobre produtos que causem a morte quando ingeridos, inalados ou em contato com a pele. Já produtos com efeitos tóxicos que não causem a morte passam a ter novo padrão de informações na rotulagem, com adoção de símbolos, por exemplo. Procurada pela reportagem, a Anvisa afirma que “não é possível fazer uma correlação direta entre o novo sistema de classificação de agrotóxicos e a classificação anterior adotada no Brasil”.
Folhapress
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