Diante do impasse nas negociações do acordo coletivo de
trabalho com os sindicatos de trabalhadores da companhia, a Petrobras
decidiu pedir mediação ao TST (Tribunal Superior do Trabalho). O acordo
atual vence no dia 31 de agosto e os empregados vêm rejeitando a
proposta da estatal em assembleias. As divergências se aprofundaram após
o anúncio de que o governo federal estudará a privatização da estatal,
que deflagrou ameaças de greve em defesa da companhia. Na segunda (26),
houve mobilização em frente à sede da Petrobras na Bahia. No pedido de
mediação entregue na segunda, a Petrobras pede urgência e alega que tem o
objetivo de “evitar ajuizamento de dissídios e proporcionas e
pacificação social no âmbito das categorias profissionais e econômicas”,
já que a terceira proposta feita pela empresa não foi aprovada em todas
as bases onde já houve assembleia. A primeira proposta foi apresentada
pela Petrobras em maio, segundo a empresa, com o objetivo de “ter tempo
suficiente para discutir de forma exaustiva os termos do novo acordo, de
modo que o entendimento ocorresse antes da data limite”. A última
proposta foi apresentada no dia 8 de agosto. Prevê reajuste equivalente a
70% do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) e redução nos
valores pagos por horas extras trabalhadas. Os sindicatos pedem ao menos
a reposição da inflação do período. Os sindicatos questionam também a
nova política de remuneração variável anunciada pela gestão Castello
Branco, que propõe o pagamento de bônus por desempenho (em fatias mais
generosas a empregados do alto escalão) ao invés de modelo que limita a
diferença de ganhos entre os diferentes níveis hierárquicos.
Folhapress
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