Jair Bolsonaro, candidato à Presidência pelo Partido Social Liberal (PSL), não será transferido para o hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, nesta quinta-feira (6). O líder nas pesquisas para a presidência realizou cirurgia de emergência na Santa Casa de Juiz de Fora, onde foi esfaqueado durante campanha nesta tarde.
A situação de Bolsonaro inspira cuidados. Quem acompanhou o deputado de perto diz que ele entrou muito mal no hospital. Ele foi atacado por um homem com uma faca de cozinha, que atingiu o seu intestino.
As últimas informações apontam que Bolsonaro ainda corre risco de sepse (infecção). A sua idade, 63 anos, torna o quadro ainda mais grave.
ILEOSTOMIA – Bolsonaro saiu da sala de cirurgia com ileostomia, processo no qual se exterioriza o cólon na parede abdominal, formando um novo trajeto e local para a saída das fezes.
Após o procedimento, o paciente utiliza uma bolsa especial para que suas fezes sejam coletadas.
Mais cedo, durante a operação, os médicos contiveram uma hemorragia e realizaram uma transfusão de sangue em Bolsonaro.
REGIÃO DELICADA – De acordo com a médica Hilma Nogueira, coloproctologista do Hospital Madre Teresa, esse tipo de ferimento é perigoso.
“O grande problema é que, quando os intestinos delgado ou grosso são rompidos, as fezes são espalhadas para dentro do abdome, podendo causar infecção no organismo”, afirma.
Hilma explica o processo cirúrgico nessas situações. “Limpamos todo o local, até não ter mais a presença das fezes. Em seguida, costuramos o corte e desviamos o caminho das fezes para uma bolsa, que serve com intestino. O paciente costuma usar a bolsa por dois ou três meses”, diz.
Segundo a coloproctologista, se não houver complicações, a recuperação não é demorada. “Ele deve levar até quinze dias para ser liberado do hospital e mais 15 dias para que possa voltar aos compromissos de campanha”, pontua.
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