Preocupada com a ocorrência de crime ambiental e invasões de terras nas
Áreas de Preservação Permanente (APPs) da Barragem Rio Colônia, em
Itapé, que a Associação dos Agropecuaristas do Sul da Bahia (ADASB),
representando dezenas de pecuaristas cujas propriedades estão no entorno
da barragem, tem adotado medidas que possam alertar as autoridades
competentes para uma situação que tem como tendência o seu agravamento.
De acordo com o presidente da entidade, Edimar Margotto Jr, os
pecuaristas que possuem propriedades com áreas no entorno da barragem
presenciaram nas últimas semanas invasões de terras praticadas por um
grupo de pessoas que se uniram através de uma associação informal com a
finalidade ilícita de criar animais ilegalmente nas áreas invadidas,
além de extrair areia das margens do rio, o que caracteriza crime
ambiental. E informa que os proprietários rurais cujos imóveis estão
sendo ameaçados estão tomando as providências junto às autoridades
policiais. “No entanto, precisamos de uma ação dos órgãos públicos do
Governo do Estado, tais como CERB (Companhia de Engenharia Ambiental e
Recursos Hídricos da Bahia) e Secretaria de Infraestrutura Hídrica e
Saneamento da Bahia, para a adoção das medidas possessórias para
proteção das áreas desapropriadas”, frisa. Entre as irregularidades
praticadas pelos invasores: Crime ambiental por conta da extração de
areia sem licenciamento e, pior, nas APPs, que termina assoreando o rio;
Criação de gado em Áreas Preservação Permanente; Circulação de gado sem
origem e sem comprovação de vacinação; e Risco de contaminação de
outros animais por anemia infecciosa (cavalos e éguas). “A ADASB clama
para que os órgãos públicos e autoridades competentes tomem providências
e assim possam evitar a destruição da mata ciliar, contaminação da água
e ocorram invasões de áreas adjacentes à barragem”, finaliza o
presidente Edimar Margotto Jr.
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