MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 29 de janeiro de 2017

Redes de proteção exigem cuidados e atenção para dar segurança total


Luana Almeida
A TARDE
Mesmo com a rede, Luciana mantém atenção redobrada com a filha de 2 anos - Foto: Luciano da Matta l Ag. A TARDE
Mesmo com a rede, Luciana mantém atenção redobrada com a filha de 2 anos
Luciano da Matta l Ag. A TARDE
Na casa da professora Luciara Roseira, 35, as redes de proteção foram instaladas nas janelas antes mesmo do nascimento da pequena Maria Flor, 2. Mesmo assim, os pais da garota não se sentem seguros em deixar a filha sequer se aproximar da área próxima à janela.
Após o acidente ocorrido na última quarta-feira, 25, que vitimou um garoto de 11 anos, que caiu do 20° andar do prédio onde morava, no Horto Florestal, a insegurança dos pais da menina cresceu. A preocupação não é à toa: o episódio é o segundo envolvendo crianças ocorrido em Salvador nos últimos três anos.
Para tentar coibir esse tipo de ocorrência, o Instituto Baiano de Metrologia e Qualidade (Ibametro) busca, desde 2015, a certificação compulsória das redes de proteção. A partir desse regulamento, esses produtos só poderão ser produzidos e comercializados caso obedeçam a requisitos obrigatórios a serem seguidos por todas as empresas que os fabricam.
Por meio da certificação, o Ibametro poderá fiscalizar e auxiliar empresas que produzem e instalam as redes de proteção em todo o estado a se adequarem às normas que garantam a segurança do consumidor.
“A certificação, autorizada pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), atesta ao consumidor que aquele produto passou por testes que garantem maior segurança”, explicou o diretor-geral do Ibametro, Randerson Leal.
A previsão, de acordo com o diretor do Ibametro, é que a certificação compulsória do Inmetro seja conferida ao produto em 2018. Até lá, o especialista recomenda que os consumidores estejam atentos na hora da aquisição, instalação e manutenção.
16046
é o número da norma ABNT/NBR que atesta a realização de todos os testes de resistência. Esta informação deve constar na embalagem do produto e isso deve ser observado pelos consumidores
Recomendações
O primeiro passo, segundo ele, é observar o tipo de material utilizado. “Para maior segurança, as telas devem ser feitas de material entrelaçado, para dificultar o corte. Não devem ser utilizados produtos metálicos. O consumidor deve observar se nas embalagens consta o número da norma ABNT/NBR 16046, que atesta que o produto passou por testes de resistência à propagação de fogo, tratamentos anti raios UV e contra apodrecimento, dentre outros critérios de segurança”, recomendou.
A instalação, segundo Randerson, deve ser feita por uma empresa especializada. Além disso, as redes de proteção devem ter validade ou garantia máxima de três anos.
“Após esse prazo, o consumidor deve substituir a rede de proteção, que pode se desgastar com ação do sol e da chuva, além de outros fatores externos. É importante, ainda, ficar atento, mesmo dentro do prazo de validade, aos parafusos que prendem a rede, que podem oxidar”, recomendou.
O especialista atenta, ainda, para os espaços da tela. As redes precisam ter, no máximo, cinco centímetros entre nós (malha tamanho 5 x 5 cm), para que a criança não consiga abri-la.
A apreensão com o acesso do filho às janelas de casa é tamanha que Luciara cogita instalar grades de ferro, para maior proteção. “É difícil ficar tranquilo sabendo que até mesmo as telas não são 100% seguras”, disse.
Caso
O corpo do garoto que morreu após cair do 20° andar foi sepultado na tarde da última quinta-feira. O menino estava arrumado para participar do aniversário de um colega antes de cair da janela do prédio.
Segundo depoimentos de familiares, a criança estava em casa com a babá e a irmã. Os pais, que são médicos, estavam trabalhando no momento da queda. O caso está sendo investigado pela 26ª Delegacia Territorial (DT/Brotas).
A polícia trabalha com a hipótese de que a queda tenha sido causada por acidente. Segundo informações preliminares da perícia técnica, o corpo da criança passou pela rede de proteção, que foi retirada dias antes do acidente para viabilizar a reforma da área externa do prédio e recolocada incorretamente.
Cuidados recomendados
Compra - Para contratar o serviço de instalação de redes de proteção em janelas ou varandas, opte por lojas especializadas. Não instale as redes por conta própria nem utilize materiais metálicos

É importante observar o estado dos parafusos que, em região próxima ao mar, podem oxidar
Validade - As redes de proteção têm validade ou garantia máxima de três anos. Após esse prazo, o consumidor deve substituir o produto, ainda que esteja com boa aparência
As telas têm que ser feitas com fios entrelaçados e com  espaçamento mínimo de 5 cm entre os nós
Manutenção - Esteja atento à coloração da tela e ao estado físico dos parafusos. Os materiais, ao longo do tempo, podem se desgastar, em decorrência do salitre ou ação do sol e da chuva
Quando as redes  começam a apresentar coloração escura, a resistência fica comprometida

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