O
deputado estadual Augusto Castro (PSDB) afirma que a intenção do
prefeito de Itabuna de fazer a concessão da Empresa Municipal de Água e
Saneamento (Emasa), em pleno ano eleitoral, deve ser vista com bastante
atenção pelos itabunenses. Para o deputado e pré-candidato a prefeito do
município, a suspeita é de que o governo se aproveita do momento de
crise no abastecimento para enfraquecer a Emasa e, assim, facilitar a
entrega da empresa. “Esse processo não está correto e fica a pergunta:
por que um prefeito que está para encerrar o mandato decide vender a
Emasa?”, questiona o deputado. Ele diz que há uma inversão de
prioridades, pois a maior urgência nesse momento é garantir a oferta de
água e “isso não será viabilizado com a concessão da empresa, mas sim
com a conclusão das obras da barragem no Rio Colônia”. Augusto salienta
que entende a necessidade de investimentos no sistema de abastecimento,
bem como para assegurar a despoluição do Rio Cachoeira, e tem sugerido
discussão em torno de uma Parceria Público Privada, mas sem que o
município perca o controle sobre a Emasa. A intenção, com esse modelo, é
assegurar uma tarifa justa e preservar os empregos dos funcionários
concursados. “Essa é uma discussão séria, que precisa envolver a
sociedade itabunense, sem atropelos. O que o governo está tentando fazer
é incorreto e até mesmo imoral”, afirma. Ele lembra ainda que a atual
gestão não implementou o Plano Municipal de Saneamento, que permitiria a
captação de recursos para projetos e deveria anteceder qualquer
discussão sobre o modelo de gestão da Emasa. “É preciso pensar nos
motivos que tem um prefeito, em fim de mandato, a seis meses de sair,
para resolver vender uma empresa pública? Qual a razão de ter deixado o
pior acontecer, a água faltar, a água salobra tornar-se a opção da
população, para, só no fim do mandato resolver colocar a empresa à
venda? Essas são perguntas que precisam ser feitas”, pontua o deputado.

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