Primeira dama dos mineiros vira primeira suspeita em investigação de corrupção que envolve Pimentel.
(O Globo) A casa da primeira-dama de Minas Gerais, Carolina Oliveira Pimentel,
mulher do governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, foi um dos
alvos na manhã desta sexta-feira da Operação Acrônimo, da Polícia Federal, que tem como alvo empresários que doaram para partidos políticos na campanha de 2014.
No total, 30 endereços de pessoas físicas e 60 empresas de Minas, Rio
Grande do Sul, Goiás e Distrito Federal foram incluídas na operação.
Antes de se casar com Fernando Pimentel, Carolina trabalhava como sua
assessora de imprensa do petista no Ministério do Desenvolvimento,
Indústria e Comércio Exterior. Ela era contratada por meio do Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), órgão vinculado
ao ministério liderado, na época, pelo petista.
O principal alvo da operação desta sexta, o empresário Benedito
Rodrigues de Oliveira Neto, mais conhecido como Bené, atuava na produção
de materiais de comunicação para campanhas e também para órgãos do
governo federal.
A ação da PF ocorreu no endereço onde Carolina vivia antes da eleição
de Pimentel. Atualmente, a primeira-dama mora no Palácio dos
Mangabeiras, em Belo Horizonte, residência oficial do governador do
estado. Procurado pelo GLOBO para comentar a ação na casa da primeira-dama, o
governo de Minas informou, apenas, que "não é objeto de investigação
neste processo". A assessoria do Serviço Voluntário de Assistência
Social (Servas), no qual ela preside, informou que Carolina se
pronunciaria apenas por meio de nota.
O GLOBO entrou em contato com a primeira-dama. Questionada sobre a ação
da PF, desconversou: - Eu não estou falando diretamente com os
jornalistas - disse
Carolina antes de pedir para que a reportagem entrasse em contato com a
assessoria de imprensa do governador. No meio da tarde, a primeira-dama
divulgou nota informando que “viu
com surpresa a operação de busca e apreensão realizada em sua antiga
residência, em Brasília” e que “acredita que a própria investigação vai
servir para o esclarecimento de quaisquer dúvidas”.
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